O 1º dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 teve questões sobre Rita Lee, Racionais MCs e solidariedade no Rio Grande do Sul após a enchente histórica de abril. A prova exigiu conhecimento tanto da cultura popular quanto da cultura erudita, abordando de Graciliano Ramos até o grupo de rap mais famoso do país.
Segundo professores ouvidos pelo g1, além do tema da redação (“Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”), a prova também estava carregada de outras referências à cultura, costumes e história das populações afro-brasileira e africana.
Resumo dos temas que caíram no Enem 2024:
- Crítica de ‘Game of Thrones’
- Trecho de ‘A culpa é das estrelas’, de John Green
- Novelas como ‘A escrava Isaura’ e ‘Roque Santeiro’
- Questões sobre cultura africana
- Movimento Black Lives Matter
- Música Holy War, da cantora americana Alicia Keys
- Rompimento da barragem do fundão,
- Chegada da pílula anticoncepcional no Brasil nos anos 1960,
- Refugiados e dificuldade de integração na sociedade,
- Círio de Nazaré (patrimônio histórico no Brasil)
Redação do Enem
Além disso, a redação contou com seis textos motivadores. Entre eles,
- Definição do dicionário da palavra ‘herança’
- provérbio africano sobre a origem das pessoas
- Trecho do um samba-enredo da Mangueira
Neste domingo (3), candidatos respondem 45 questões de linguagens e outras 45 de ciências humanas, além da redação, cujo tema foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil.
Nível de dificuldade da prova
“De forma geral, a prova veio bem fácil. Ela tinha uma exigência muito interpretativa, valorizando bastante quem mantém calma e tem um hábito de leitura e interpretação, ou seja, esse perfil de aluno”, diz Claudio Hansen, professor de geografia do Descomplica.
Segundo Hansen, foi uma prova que, sem dúvida, valorizou os aspectos de uma sociedade mais democrática. “Apareceram alguns pontos como discussões iluministas, mas, no geral, não foi uma prova conteudista, salvo algumas questões, e valorizou bastante essas pautas”, afirmou o professor de geografia do Descomplica.