A morte do ex-governador do Acre Flaviano Melo (MDB), aos 75 anos, nesta quarta-feira, 20, gerou comoção entre políticos e lideranças do estado. Internado desde o dia 9 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Flaviano lutava contra uma pneumonia que se agravou, culminando na confirmação de sua morte no início da tarde desta quarta.
Flaviano deixa um legado político único, tendo ocupado os cargos de governador, prefeito de Rio Branco, senador e deputado federal. Sua trajetória de décadas marcou profundamente o Acre, especialmente pelas obras estruturantes e pela dedicação ao diálogo político.
Homenagens e repercussão
O senador do Acre, Alan Rick, ressaltou o legado de amor e contribuição de Flaviano ao Acre: “Jamais esquecerei das conversas e conselhos desse grande líder. Peço a Deus que traga consolo à sua família neste momento de dor.”
O jornalista Silvio Martinello, que tinha uma relação de amizade com o ex-governador, destacou a importância de Flaviano para a política e o desenvolvimento do estado: “Flaviano era meu amigo, passando por cima de todas as divergências políticas. Flaviano era um democrata. Como prefeito e governador, deixou um lastro de obras importantes para o Acre, como alguns conjuntos habitacionais.”
O deputado estadual Edvaldo Magalhães lembrou a importância de Flaviano para a redemocratização do país e destacou suas realizações na habitação e infraestrutura em Rio Branco: “Flaviano foi um democrata. Nunca flertou com o obscurantismo. Foi um construtor de pontes, nunca de muros.”
O deputado federal Roberto Duarte descreveu Flaviano como “um grande líder e figura emblemática da política acreana”, expressando solidariedade aos familiares e destacando sua dedicação ao serviço público.
Perpétua Almeida também enfatizou o caráter conciliador de Flaviano, descrevendo-o como um democrata que fazia política sem ódio: “Eu gostava de conversar com ele e ouvir sua experiência, sua percepção das coisas da vida pública. Ele tinha o faro dos rumos da política e percebia o sentimento do eleitor. Fazia política sem ódio – o que mais precisamos agora. Vá em paz, meu irmão.”
Já o deputado estadual Eduardo Ribeiro ressaltou que Flaviano “dedicou sua vida ao Acre e ao bem-estar do povo acreano, deixando um legado de amor, trabalho e compromisso”.
Para o deputado federal Eduardo Velloso, a trajetória de Flaviano foi marcada pela resiliência e amor pelo estado: “Que sua memória inspire gerações futuras.”
O Partido dos Trabalhadores do Acre (PT) também emitiu uma nota destacando a contribuição de Flaviano para a política do estado. “Em sua vida pública, destacou-se pela defesa da democracia irrestrita, pautando sua atuação na ética e no diálogo construtivo. Flaviano será lembrado por sua contribuição à história política do Acre.”
Uma trajetória de destaque
Flaviano foi um dos políticos mais influentes do Acre nas últimas décadas. Ele começou sua carreira como engenheiro civil e se destacou na política com uma gestão focada em desenvolvimento e inclusão. Durante seus mandatos como prefeito e governador, liderou obras habitacionais e urbanas que mudaram a paisagem da capital acreana.
Como presidente estadual do MDB, liderou importantes articulações políticas e contribuiu para consolidar o partido no cenário regional.
Últimos dias
Flaviano foi internado no dia 9 de novembro e, apesar de uma leve melhora inicial, seu quadro clínico piorou na terça-feira, 19, culminando em sua morte cerebral no dia seguinte. Ele deixa esposa, filhos e um legado que continuará sendo lembrado por gerações.
Detalhes sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgados pela família.