A audiência de instrução e julgamento dos acusados de participação na morte de Gedeon Barros, ex-prefeito de Plácido de Castro assassinado em 2021, foi adiada nesta sexta-feira, 8, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco.
A sessão precisou ser suspensa devido à ausência do advogado Wellington Frank, defensor do réu Liomar de Jesus Mariano, conhecido como Mazinho Mariano, apontado como mandante do crime. O advogado apresentou um atestado médico e não pôde comparecer, levando o Ministério Público a decidir não desmembrar o processo em relação a este réu.
O juiz Robson Ribeiro Aleixo remarcou a audiência para o dia 29 de novembro de 2024, às 10h. Na nova data, espera-se ouvir uma testemunha do rol da acusação e seis testemunhas de defesa de Liomar, além de realizar os interrogatórios dos sete acusados no caso.
Decisões sobre prisões preventivas
Durante a audiência, foram discutidos pedidos de revogação das prisões preventivas de alguns réus. A Defensoria Pública solicitou a liberdade provisória para João da Silva Cavalcante Júnior, argumentando que os sucessivos adiamentos do processo estariam prejudicando o direito do acusado à conclusão célere do julgamento.
O pedido foi negado pelo juiz, que afirmou a complexidade do caso, envolvendo múltiplos réus e extensa documentação, como fatores para o prolongamento do processo.
Pedidos semelhantes foram feitos pelos advogados de Antonio Severino de Souza e Clebson Rodrigues do Nascimento, ambos foragidos, e também foram indeferidos. O magistrado destacou que a manutenção das prisões é essencial para a garantia da instrução criminal.
Caso Gedeon Barros
Gedeon Barros foi executado a tiros em maio de 2021, no bairro Santa Inês, em Rio Branco. O crime ocorreu após dois homens abordarem o ex-prefeito em uma motocicleta, dispararem contra ele e fugirem.
As investigações indicam que o possível motivo do crime seria uma dívida de R$ 130 mil que Gedeon teria com Liomar Mariano, então ex-secretário de Esportes de Plácido de Castro. Liomar e Carmélio da Silva Bezerra são apontados como os principais mandantes do homicídio.
Além de Liomar e Carmélio, outros acusados respondem pelo caso: João da Silva Cavalcante Júnior, Saíro Gonçalves Petronílio e Weverton Monteiro de Oliveira, que se encontram presos, enquanto Antonio Severino de Souza segue foragido e Clebson Rodrigues do Nascimento está em liberdade.