Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Com mais de 800 processos pautados, TJ abre Semana Nacional de Conciliação no Acre

Com mais de 800 processos pautados, TJ abre Semana Nacional de Conciliação no Acre

“A conciliação é, em verdade, uma prática de países civilizados. Ela é um marco, portanto, de evolução na promoção da paz social”. Foi com estas palavras que a presidente do Tribunal de Justiça do Acre, desembargadora Regina Ferrai abriu a XIX Semana Nacional de Conciliação. No Acre, a ação ocorre até a sexta-feira, 8, e tem 872 processos pautados.

Com o lema “É tempo de conciliar”, a iniciativa faz parte do Movimento Nacional de Conciliação, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e sendo realizada anualmente e simultaneamente nos tribunais estaduais, federais e do trabalho, como campanha de incentivo ao uso de métodos alternativos para solução de conflitos, atendendo à Resolução 125/10 do CNJ, que instituiu uma Política Judiciária

A campanha, em vigor desde 2006, visa aproximar o cidadão de uma resolução para seus conflitos, promovendo alternativas para acordos e soluções consensuais. Em 2023, o mutirão comprovado em 1.349 audiências, das quais 20,68% terminaram em acordos, demonstrando o potencial de celeridade e pacificação das demandas judiciais. No cenário nacional, a campanha registrou 119.118 audiências, terminando em 74.474 acordos e dezembro

Ainda segundo Ferrari, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) está recebendo, ao longo da semana,  todas as audiências que foram marcadas para fazer as conciliações. “É bem verdade que a disponibilidade, a participação de todos deve ser bastante incentivada, para que todos venham com o espírito aberto, para que possamos efetivamente conciliar”, disse a desembargadora, enfatizando ainda que a conciliação é um marco de evolução na promoção da paz social. ” Ao nos deixarmos que as partes possam refletir e decidir conjuntamente, com a ajuda de um mediador, com a ajuda de um conciliador, elas poderão fazer mais a tática do ‘ganha-ganha’ e, portanto, não deverá se submeter ao processo formal, que é o processo judicial”.

A conciliação, fundamentada em princípios como informalidade, simplicidade, economia e celeridade, oferece às partes maior protagonismo na resolução de seus litígios, dispensando a necessidade de advogados e tornando o processo mais flexível e direto. Segundo a presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, desembargadora Denise Bomfim, há quase mil processos em andamento, de modo que a semana torna-se uma simbologia para que a sociedade veja, saiba que tem à disposição mais esse mecanismo para resolução de conflitos.

“Mas isso, eu quero destacar, não quer dizer que o Poder Judiciário só soluciona os litígios de forma consensual nessa semana, durante todo o ano nós fazemos esse tipo de trabalho. É só as pessoas que têm interesse em fazer uma composição [um acordo] podem vir ao Poder Judiciário, que aqui nós formalizaremos todos os acordos que forem alcançados”, finalizou.

Sair da versão mobile