O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já ocorre neste e no próximo domingo, 3 e 10 de novembro, e quem for concorrer a uma das vagas disponibilizadas terá de enfrentar aquela que é considerada uma das maiores dificuldades: a redação. Para tirar dúvidas e dar algumas dicas aos candidatos, A GAZETA conversou com a professora de Redação Jharda Souza.
Jharda explicou que o tema da redação é sempre uma das principais dúvidas – tanto dos alunos quanto dos candidatos – mas a professora explicou que não costuma trabalhar tentando ‘adivinhar’ o tema, vez que as redações são desenvolvidas a partir de eixos temáticos. “Eles [os eixos] vão abranger diversas áreas de conhecimento. Então, pode ser que caia um tema que vai falar de educação, mas esse tema, além de tratar acerca da educação, também pode falar sobre tecnologias sobre diversas áreas”, reiterou.
Em temáticas de tecnologia, por exemplo, são inseridos outros eixos temáticos, diferentes do que seria educação. “O segredo é aprender uma técnica para que o aluno consiga desenvolver uma boa redação independente do tema. E quando a gente trabalha a partir dessa técnica, a gente consegue, então, desenvolver uma redação para qualquer tema que cai no Enem”, explicou.
Dicas para uma boa redação
A professora aproveitou o ensejo e deu dicas para fazer uma boa redação. Em primeiro lugar, segundo Jharda, é preciso dormir bem na noite anterior, porque isso vai influenciar o processo de escrita. “A gente consegue desenvolver um texto quando a gente está com nossa mente descansada e relaxada. E diante disso, o candidato vai conseguir desenvolver bons argumentos”, reiterou.
E agora – na reta final – não é o momento para desespero, ainda segundo a professora e, por isso, a recomendação é relaxar. “Assistir a um filme para relaxar, ouvir uma música que o candidato goste, sair com os amigos, tentar interagir. Porque no momento que ele tenta fazer isso, além do candidato estar relaxando a sua mente, ele vai adquirir um repertório ao assistir um filme, ao assistir uma série. E o repertório não é apenas citação filosófica: ele é o conhecimento de mundo do candidato”, afirmou.
Outra sugestão dada pela professora é começar a prova pela redação. “A primeira coisa a se fazer é ler a proposta da redação. Nessa proposta, o candidato vai ter uma frase temática e, na frase temática, depois que ele fez o primeiro passo que foi ler a proposta de redação, ele vai identificar as palavras-chaves. Para que? Para não correr o risco de fugir do tema e tirar zero ou tangenciar, que é quando o candidato fala sobre o tema, só que em partes, além de não desenvolver o tema de forma completa”.
Além disso, outra dica é fazer a leitura do texto motivador número 1. “É o texto motivador número 1 que vai dizer para o candidato o assunto especificamente, o que é o tema que está sendo cobrado. Então vamos supor que caia um nome que o candidato nunca tenha visto, o candidato se depara com esse tema e se desespera, porque não sabe o que é. A resposta para isso ele vai encontrar lá no texto motivador número 1”, diz.
Jharda explica que os textos motivadores número 2 e número 3 são usados para que o aluno identifique o repertório. “Vai ser onde vai identificar dados para ele [o candidato] poder desenvolver um bom argumento”.
A última dica é não colocar mensagens motivacionais, símbolos, códigos ou até assinar no local indevido. “Tem um local adequado para o candidato poder assinar, e é lá que o candidato deve assinar a sua redação, porque se ele acabar assinando no local indevido, ele pode até mesmo zerar”, finalizou.