A diretora da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, defendeu, nesta quinta-feira, 14, em publicação nas redes sociais, a necessidade de seguir com o monitoramento das pessoas que participaram da tentativa de golpe de estado no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
A declaração se deu em resposta ao atentado a bombas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta, 13, na qual o autor, Francisco Wanderley Luiz, morreu após ser atingido pela explosão no perímetro da sede da corte na capital federal.
“Não pode baixar a guarda contra os terroristas do 8 de Janeiro! É preciso seguir monitorando-os! Um desses terroristas, filiado ao PL de Bolsonaro, armou bomba que explodiu nas imediações da Câmara dos Deputados e se explodiu na porta do STF, quando tentava entrar com a bomba na mochila”, escreveu a ex-deputada federal do Acre pelo PCdoB.
O episódio acendeu o debate sobre a não concessão de anistia aos condenados pelos ataques antidemocráticos na sede dos três poderes, que aconteceu uma semana após a posse do presidente Lula (PT), que derrotou Jair Bolsonaro (PL) nas urnas em outubro de 2022, provocando uma onda de reações golpistas em vários estados do Brasil, inclusive no Acre, onde apoiadores do ex-presidente montaram acampamento em frente a uma unidade do Exército, no Bairro Bosque.
Francisco Wanderley Luiz, mais conhecido como Tio França, foi candidato a vereador em 2020, pelo Partido Liberal, em Rio do Sul, interior de Santa Catarina, onde nasceu. Ele era adepto a teorias da conspiração anti-comunistas e chegou a anunciar os ataques em mensagens nas redes sociais.
“Vamos jogar? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas”, escreveu o homem, que realizou o atentado com roupas que remetem ao psicopata Coringa, das histórias em quadrinhos e filmes do super-herói Batman.