O deputado federal acreano Ulysses Araújo, do União Brasil, disse, em suas redes sociais, que vai fazer “campanha para ninguém ir” assistir ao filme “Ainda estou aqui”, do diretor Walter Salles.
O comentário do militar veio em resposta a uma declaração da atriz Fernanda Torres, protagonista no longa-metragem, de que pessoas de esquerda, direita e centro serão tocadas, “em um lugar diferente”, pela obra.
“Não adianta querer me emocionar. Eu não vou nessa porcaria e ainda faço campanha pra ninguém ir. Pensa que todo mundo é otário…”, afirmou o parlamentar de extrema direita, que chamou, ainda, a artista de “besta”.
Apesar do desprezo pelo filme e da campanha contra, por parte de Ulysses, o longa levou 50 mil espectadores aos cinemas e arrecadou mais de R$ 1 milhão em bilheterias apenas na estreia, na semana passada. No primeiro fim de semana, o faturamento da produção já havia passado dos R$ 8 milhões.
“Ainda estou aqui” narra o drama real de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), cujo marido, Rubens Paiva (Selton Mello), foi sequestrado pela ditadura militar brasileira e não mais retornou.
A produção, que retrata um período obscuro da história recente do Brasil, quando milhares de pessoas foram torturadas e mortas pelo regime militar, tem recebido ótimas críticas mundo afora e é a escolha da Academia Brasileira de Cinema para o Oscar 2025.
O filme já está em cartaz no Cine Araújo, no Via Verde Shopping, e tem classificação indicativa de 14 anos.