Em sua última aparição pública como entrevistado, o ex-governador do Acre Flaviano Melo (MDB), que faleceu nesta quarta-feira, 20, aos 75 anos, revelou que tinha medo de morrer, expressou o desejo de passar mais tempo com a família e anunciou que não participaria mais de campanhas eleitorais. A entrevista foi concedida ao podcast “Papo Informal”, apresentado pelo jornalista Luciano Tavares, no dia 3 de outubro.
Ao ser questionado sobre seus medos, Flaviano foi direto: “Medo de morrer, rapaz. Não concordo com isso, não.”
Sobre sua relação com a política, ele revelou que já não tinha o mesmo entusiasmo de antes. “Você gosta de campanha, Flaviano? Eu gosto. Já gostei mais. Eu acredito, quero até te dizer, que essa é minha última… última campanha, entendeu? Hoje não estou fazendo campanha para ter um mandato, estou como presidente do partido, como coordenador. Mas acho que está na hora de parar.”
Com uma trajetória que abrangeu mais de quatro décadas de vida pública, Flaviano também comentou sobre o peso de sua longa carreira. “São mais de quarenta anos de mandato, entendeu? E mais quinze anos que eu fui engenheiro. Trabalhei demais, rapaz. Está na hora de parar”, disse em um tom bem humorado.
Ele ainda destacou o que considerava um sonho: “Um sonho é poder eu visitar com frequência meus filhos e minha neta que moram fora.”
Na entrevista, Flaviano também mencionou que poderia ser a última vez que participaria de um programa jornalístico. “Acho que isso aqui pode ser a última. Depois dessa aqui não tem mais. Quase não tem programa de entrevista. Está na hora de parar.”
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