O mercado brasileiro de whey protein movimenta cerca de R$ 1,8 bilhão ao ano. O suplemento alimentar é um dos mais usados no país e, devido à sua popularidade, passou a ser alvo de adulterações e falsificações.
A adulteração do whey protein é chamada de “amino spiking” e consiste na substituição da proteína do leite por outra mais barata ou por carboidratos. Ao fazer essa alteração, o fabricante ou atravessador está substituindo a proteína do leite por outra de qualidade inferior, o que atrapalha o consumidor a alcançar os resultado pretendidos.
Os principais aminoácidos utilizados no “amino spiking” são a glicina, a taurina, a arginina, a alanina, o ácido glutâmico e a creatina. Os dois primeiros são usados mais frequentemente porque são mais baratos.
A fiscalização sobre a qualidade dos suplementos vendidos cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas a atuação é restrita e costuma ocorrer apenas no momento que os produtos são registrados.
Em 2022, a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) começou a fazer testes de qualidade dos produtos à venda e encontrou em boa parte deles indícios de “amino spiking”.
“Encontramos 48 amostras de produtos com indícios de amino spiking. Nós relatamos isso para as autoridades, incluindo a Anvisa, que em ofício disse que não teria equipamentos para verificar e fiscalizar o processo de amino spiking no Brasil”, afirma o presidente da Abenutri, Marcelo Bella. A decisão da Abenutri foi divulgar a lista de produtos suspeitos.
Após receber denúncia da Abenutri, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, identificou nove sites que vendiam as marcas com suspeita de adulteração e deu um prazo até a última sexta-feira (6/12) para que os produtos fossem retirados de circulação.
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