O corpo de Andréia Maria de Sousa, de 45 anos, motorista de uma das carretas envolvidas no desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, foi encontrado pelos bombeiros nesta terça-feira (24/12). Além da caminhoneira, outras três vítimas fatais foram confirmadas até o momento, e 13 pessoas permanecem desaparecidas.
Andréia transportava toneladas de ácido sulfúrico quando o vão central da ponte, que liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), cedeu no último domingo (22/12).
O acidente resultou na queda de vários veículos no Rio Tocantins, incluindo quatro caminhões. Além do veículo de Andréia, carregado com 76 toneladas de ácido sulfúrico, outro caminhão transportava 22 mil litros de defensivos agrícolas, enquanto o terceiro levava MDF. O caráter tóxico e corrosivo das cargas atrasou as buscas submersas, que só puderam ser retomadas na segunda-feira (23/12).
Estrutura da ponte e investigações
A ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, inaugurada em 1960, já apresentava sinais de deterioração. Relatórios do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) indicavam que a estrutura estava em estado “ruim” de conservação, com nota 2 no Índice de Condição de Manutenção – numa escala de 1 a 5, sendo 1 o pior estado.
Denúncias sobre rachaduras na estrutura já haviam sido feitas por políticos locais, mas o vão central acabou cedendo antes que medidas preventivas fossem tomadas. A causa oficial do desabamento será investigada.
Reconstrução e estado de emergência
Diante da tragédia, o Ministro dos Transportes, Renan Filho, decretou estado de emergência e anunciou um investimento de mais de R$ 100 milhões para a reconstrução imediata da ponte. Durante coletiva de imprensa, o ministro enfatizou a urgência de reestabelecer a ligação entre os estados, fundamental para o transporte de cargas e o tráfego local.
Enquanto isso, as equipes de resgate seguem trabalhando no local, enfrentando desafios impostos pelas condições da carga e da estrutura submersa.
Por: Métropoles