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Acusado de matar adolescente grávida a facadas em Rio Branco é denunciado por feminicídio

Pouco mais de 10 dias após o brutal assassinato da adolescente Geovana Souza da Silva, de 16 anos, o Ministério Público do Estado do Acre apresentou denúncia formal contra Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos, acusado de matar a jovem com golpes de faca. O crime ocorre registrado na madrugada de 7 de dezembro, no bairro Areal, em Rio Branco.

De acordo com a denúncia, Leandro matou Geovana por “razões da condição de sexo feminino”, caracterizando o crime de feminicídio. O ato foi cometido no âmbito de uma relação de violência doméstica e familiar, já que os dois mantiveram um relacionamento por cinco meses.

O crime

Segundo o inquérito, na noite do crime, Geovana conversava com um conhecido quando Leandro se aproximou e a chamou para conversar. Temendo uma possível agressão, a adolescente carregava uma pequena faca, mas, após uma breve discussão, o acusado tomou a arma para si e quebrou-a.

Mesmo com o fim da discussão e a recusa da jovem em reatar o relacionamento, Leandro a atacou de surpresa, desferindo ao menos dois golpes fatais que atingiram as costas e o peito da vítima. O Ministério Público destacou que o acusado utilizou recurso que dificultou a defesa de Geovana, além de ter motivação torpe, alegando ciúmes como razão para o crime.

Prisão e histórico do acusado

Leandro foi preso no dia seguinte, após ser localizado por agentes do Segundo Batalhão da Polícia Militar em uma operação no bairro Triângulo Novo. Ele tentava escapar pelo telhado de uma residência.

Com passagens anteriores por furto e roubo, Leandro estava em liberdade monitorada, mas havia rompido a tornozeleira eletrônica, dificultando sua localização pelas autoridades.

O promotor responsável pelo caso, Carlos Augusto da Costa Pescador, solicitou também a fixação de um valor mínimo de reparação à família de Geovana e a citação de testemunhas para o andamento do processo.

Segundo informações, a vítima seria usuária de entorpecentes e vivia em situação de rua. De acordo com relatos da avó da vítima, a jovem vivia maritalmente com o homem, sofria abusos no relacionamento e estaria grávida de dois meses.

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