O terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2024, realizado entre 30 de setembro e 24 de outubro, revelou que oito municípios do Acre estão classificados como em risco de infestação pelo Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Outros 10 municípios aparecem em estado de alerta, enquanto apenas dois registraram índices considerados satisfatórios, com menos de 1% de infestação predial.
A pesquisa, conduzida pelo Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria Estadual de Saúde, analisou 100% das cidades infestadas, com exceção de Jordão e Santa Rosa do Purus, onde o mosquito ainda não foi identificado.
Panorama regional
- Baixo Acre:
- 33,3% dos municípios estão em risco, afetando 418.095 habitantes.
- 55,6% (81.645 habitantes) encontram-se em estado de alerta.
- Apenas um município apresentou infestação predial inferior a 1%.
- Alto Acre:
- 50% dos municípios (34.100 habitantes) estão em risco.
- Os outros 50% (37.000 habitantes) estão em alerta.
- Juruá/Tarauacá/Envira:
- 42,9% dos municípios (44.967 habitantes) estão em risco.
- Outros 42,9% (170.781 habitantes) estão em alerta.
- Apenas 14,3% (17.093 habitantes) apresentaram situação satisfatória.
Principais focos identificados
O levantamento apontou que em 60% dos municípios, os criadouros mais comuns de larvas do Aedes aegypti foram depósitos A2, ou seja, recipientes ao nível do solo para armazenamento doméstico de água.
Outros focos foram encontrados em depósitos móveis e fixos, representando 20% dos casos. Já depósitos como pneus e resíduos sólidos apareceram em menor proporção, com 5%.
Recomendações e ações prioritárias
Com a chegada do período chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito, a Secretaria Estadual de Saúde recomendou medidas urgentes para mitigar os riscos:
- Mapear bairros críticos com maiores índices de infestação e criadouros predominantes para direcionar as ações.
- Ampliar campanhas preventivas por meio de mídias sociais, rádios e TVs para sensibilizar a população.
- Promover mutirões de limpeza, retirando do ambiente objetos que possam acumular água.
- Orientar moradores sobre cuidados com depósitos de água, garantindo que estejam limpos e vedados, além de permitir o acesso de agentes de endemias às residências.