Apesar da ausência de carros de som, em meio a um contexto de resistência, Parada do Orgulho LGBT+ em Rio Branco iniciou sua caminhada até a Concha Acústica, neste domingo, 1º. A mobilização, que teve início no Skate Park, é marcada pela luta por visibilidade e direitos da comunidade LGBTQIA+ no Acre, e acontece após uma série de desafios enfrentados durante o processo de organização.
Germano Marino, presidente do Conselho Estadual de Combate à Discriminação LGBT do Acre, destacou a importância da edição deste ano, lembrando que a programação começou desde o dia 23 de novembro, com a abertura da 17ª Semana da Diversidade.
“Estamos há seis meses lutando contra uma Câmara de Vereadores reacionária que fez de tudo para acabar com a realização da Parada do Orgulho LGBT”, afirmou Marino.
A fala do presidente também abordou a polêmica envolvendo o vereador João Marcos Luz, que tentou impedir a presença de crianças na parada. O vereador, além de apresentar o projeto de lei que foi aprovado, postou um vídeo nas redes sociais incentivando a fiscalização do evento, o que gerou uma decisão judicial que determinou a exclusão do conteúdo, por considerar que ele promovia discurso de ódio e violação dos direitos da comunidade.
Marino reafirmou que a Parada é um evento de inclusão e resistência, e ressaltou a importância de um espaço livre de violência e discriminação. Ele mencionou a falta de apoio, como a desistência de proprietários de dois carros de som que seriam usados no evento.
“Essa edição da Parada é resistência”, afirmou. Em sua fala, ele também enfatizou que a manifestação busca ser um espaço de respeito e liberdade, sem incitação de violência, e que os ataques ao evento não serão tolerados.
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Com colaboração: Juan Vicent Diaz