Um homem, foragido há quase 20 anos e que teria contratado o grupo criminoso Esquadrão da Morte – que atuou no Acre na década de 1990 – para cometer um crime, foi preso em ação conjunta entre as Polícias Civis do Acre e de São Paulo. Sérgio Luiz Zucarelli é acusado de ser o mandante do assassinato de Edir Maria da Silva, e foi preso na manhã desta sexta-feira, 27, em Registro, no interior de São Paulo.
Conforme a polícia, a prisão de Sérgio Zucarelli foi possível graças a um trabalho coordenado pela equipe de investigadores da Delegacia Seccional de Policia Civil do município de Registro, que, em posse de mandado de prisão, organizou uma campana na manhã desta sexta-feira, 27, em uma das residências do foragido.
Os agentes aguardaram por um longo período, até que, por volta das 10h (horário de Brasília), Zucarelli saiu da residência. Nesse momento, foi realizada a abordagem e a prisão do acusado.
O homem estava foragido desde 2005, e teria encomendado a morte da vítima, então com 38 anos, em 15 de janeiro de 1997. Edir Maria era funcionária de uma empresa pertencente a Zucarelli, e havia ingressado uma ação judicial cobrando o valor de R$ 28 mil. Insatisfeito, o empresário contratou Raney Moreira da Silva – conhecido como Rainê – e Alberto Paulino da Silva – o Cabo Paulino – para matarem Edir.
Na noite do crime, Edir saiu do trabalho por volta das 22h e tomou um ônibus na cidade de Rio Branco. Rainê e Cabo Paulino seguiram o veículo em um carro. Quando a vítima desceu do ônibus, foi abordada por Rainê e obrigada a entrar no carro.
Os criminosos levaram Edir até uma área de mata, onde Rainê ordenou que ela tirasse a roupa para simular outra circunstância antes de atirar em seu rosto, matando-a instantaneamente. No dia seguinte, os executores informaram a Zucarelli que “o trabalho havia sido feito”.
Sérgio Luiz Zucarelli foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de Edir Maria da Silva, mas fugiu antes de cumprir sua pena. Cabo Paulino, responsável pelo planejamento do crime, já cumpriu sua pena por homicídio, assim como Rainê, que foi o executor direto do crime.
*Com informações da Assessoria