No Acre, a violência letal apresentou uma redução significativa de 9,7% na taxa de mortes violentas intencionais (MVI) entre 2022 e 2023. As informações, divulgadas nesta quinta-feira, 12, são da 3ª edição do Cartografias da Violência na Amazônia, que analisa dados sobre a criminalidade, ilegalidades e segurança pública na região, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com o Instituto Mãe Crioula (IMC).
No entanto, quando analisados os números de 2021, o estado experimentou um aumento de 9,2% nas mortes violentas, o que aponta que, apesar dos avanços mais recentes, o problema continua sendo uma grande preocupação para a segurança pública.
O Acre é uma das unidades da Federação que compõem a Amazônia Legal, uma região historicamente mais afetada pela violência letal. Em 2023, a taxa de homicídios no Acre se manteve acima da média nacional, que registrou uma redução geral de 4,6% no período de 2021 a 2023. No Acre, apesar da redução no último ano, o aumento de 9,2% em relação a 2021 sinaliza que a violência continua a ser uma questão complexa e de difícil controle no estado.
A queda de 9,7% de 2022 para 2023 reflete os esforços de políticas públicas voltadas para o combate à violência, como o aumento do policiamento em áreas de risco e o fortalecimento de ações de prevenção à criminalidade. No entanto, a comparação com 2021 revela que os desafios ainda são consideráveis, e que a violência no estado ainda exige medidas mais eficazes para reduzir o número de vítimas.
O panorama no Acre é semelhante ao observado em outros estados da região, como o Mato Grosso, onde a violência tem crescido de maneira alarmante. No entanto, o Acre se destaca por ter apresentado resultados positivos no último ano, ao contrário de estados como o Mato Grosso, que teve um aumento acumulado de 28,5% nas mortes violentas entre 2021 e 2023.
Em comparação com os estados vizinhos, como Amazonas e Maranhão, que apresentaram quedas constantes, o Acre vive uma realidade misturada, com redução recente, mas um histórico de crescimento em relação a 2021. A combinação desses dados evidencia que o estado tem obtido progressos na luta contra a violência, mas também precisa intensificar as políticas públicas para evitar o retorno ao aumento das mortes violentas no futuro.