O julgamento de Wedson Pereira Ambrósio, último envolvido no assassinato de Gabriel Nunes da Silva, de 17 anos, que foi esquartejado em dezembro de 2016, ocorre nesta sexta-feira, 13, na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco.
Anacleto dos Santos Moreira e Claudivam Pereira Ferreira já foram julgados. O outro acusado, Michael Djean de Souza Leite, já faleceu.
Conforme a denúncia do Ministério do Público do Acre (MP-AC), Gabriel seria usuário drogas e, na época dos fatos, integrava a organização criminosa Comando Vermelho. O rapaz possuía dívidas com Claudivam, que seria ligado à facção criminosa rival, o Bonde dos 13. Como forma de vingança, Anacleto, Michael Djean e Wedson, seguindo ordens de Claudivam, executaram a vítima.
Ainda segundo a denúncia, no dia do crime, Wedson dirigiu-se até a residência da vítima com o objetivo de atraí-la para o local do crime. Para isso, Gabriel foi convidado para procurarem uma televisão que teria sido roubada da casa do jovem. Pouco depois, em um crime filmado, Gabriel foi torturado, morto e esquartejado; as imagens viralizaram à época.
Nas imagens, um dos algozes da vítima aparece segurando a cabeça de Gabriel e, depois, mostra o corpo já todo cortado, além de jogar a cabeça e chutar partes do corpo.
“Olha a cabeça do grande. Olha a cabeça do cara do CV [Comando Vermelho], o que acontece com o cara do CV. Olha aí, colocou com esses bichos, vai acontecer isso aí. Só olha o que acontece. Aqui é 13 mano. Bora partir no meio, eu quero o coração dele”, dizem os homens no vídeo.
O corpo de Gabriel foi encontrado no dia 6 de dezembro de 2016, no Ramal do Zezé, no Bairro Belo Jardim II. A Polícia prendeu Anacleto dos Santos Moreira, à época com 18 anos, apenas 24 horas depois.