Quinze vereadores eleitos de Rio Branco se reuniram na sede do Progressistas, na manhã desta terça-feira, 31, para anunciar a chapa que vai disputar a eleição da mesa-diretora da Câmara.
Chamou a atenção a ausência do vereador reeleito Samir Bestene (PP), que pleiteava a presidência da casa, mas foi preterido pelo próprio partido, que preferiu compor com o novato Joabe Lira (União Brasil), ex-secretário de Cuidados com a Cidade do prefeito Tião Bocalom (PL), que o apoia.
Na segunda, 30, Bestene postou em suas redes sociais a mensagem “a mentira é abominável”, seguida por “a luta continua”, evidenciando um racha no partido.
Sequer a vice-presidência da chapa ficará com o PP, legenda que elegeu seis parlamentares, entre eles os cinco mais bem votados. A agremiação se contentou com a primeira secretaria, com Felipe Tchê.
O vereador eleito Leôncio Castro (PSDB) é quem disputará a vaga de vice na chapa. Já a segunda secretaria ficará com Antônio Moraes (PL). O líder do prefeito na casa ainda será definido.
O vice-presidente estadual do PP, Lívio Veras, afirmou que a retirada do partido da disputa pela presidência do parlamento-mirim foi fruto de um acordo entre o governador Gladson Cameli (PP) e o prefeito Bocalom – e que a decisão foi submetida aos seus filiados eleitos, cuja maioria teria chancelado a costura.
Até mesmo o chamado “bloquinho”, formado pelos vereadores eleitos Zé Lopes (Republicanos), João Paulo Silva (Podemos), Moacir Júnior (Solidariedade), Márcio Mustafá (PSDB) e Leôncio Castro (PSDB), embarcou na chapa, emplacando o último deles na composição.
Com isso, a candidatura apresentada nesta terça, 31, terá o apoio de pelo menos 15 dos 21 parlamentares eleitos. Além de Joabe Lira, Felipe Tchê, Antônio Moraes e dos cinco já citados do “bloquinho”, manifestaram respaldo à chapa os vereadores Bruno Moraes (PP), Aiache (PP), Raimundo Neném (PL), Joaquim Florêncio (PL), Lucilene da Droga Vale (PP), Matheus Paiva (União Brasil) e Rutênio Sá (União Brasil).
Quem também não compareceu ao lançamento da candidatura foi a vereadora reeleita Elzinha Mendonça (PP), que já havia manifestado interesse em disputar a presidência da casa. A ausência da parlamentar, diferente da de Bestene, não surpreendeu, uma vez que ela atua de forma independente, se portando, na maioria das vezes, como oposição ao prefeito Bocalom.
A eleição da mesa-diretora acontece nesta quarta, 1º, logo após a cerimônia de posse dos parlamentares eleitos.