O sobrevoo de um drone na Cadeia Pública Dalton Crespo, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, chamou a atenção de um policial penal, na noite de sexta-feira (03/01). Desconfiada, a equipe de plantão decidiu interceptar o aparelho, vindo a surpresa no que ele transportava: um pó branco e erva seca, no caso, cocaína e maconha. O material e o drone foram apreendidos e levados para a 134ª DP (Campos dos Goytacazes). As drogas serão periciadas pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil Carlos Éboli.
De acordo com as investigações da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o drone foi adquirido de uma loja virtual, que informa em sua descrição que fabrica e vende o equipamento, além de fazer a manutenção e filmagens de eventos. A Seap e a polícia estão levantando quem adquiriu o aparelho e tentando descobrir quem pilotava o drone.
Segundo a Seap, a Subsecretaria de Inteligência da pasta investiga também quem está envolvido na entrada das drogas para o interior da prisão que, provavelmente, seria vendida para outros internos. Os presos da Cadeia Pública Dalton Crespo são da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA).
Não é a primeira vez que se investiga o uso de um drone para o “delivery” de drogas e até celulares em cadeias. Em 2023, a Polícia Civil e a Polícia Penal de Goiás chegaram a identificar um criminoso que usava o aparelho para fazer entregar entorpecentes e outros objetos proibidos em presídios daquele estado. As investigações da polícia goiana apontaram que ele chegou a receber, por entrega, o equivalente a R$ 30 mil.
Por Extra