O resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), considerado a principal porta de entrada para o ensino superior no Brasil, poderá ser conferido pelos candidatos a partir desta segunda-feira (13), de acordo com o calendário do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
O desempenho nas provas aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro de 2024 estarão disponíveis na página do participante.
Os estudantes foram avaliados em exames de linguagens, ciências humanas, ciências da natureza, matemática, totalizando 180 questões de múltipla escolha, e tiveram de produzir uma redação.
O que fazer após a divulgação dos resultados?
Após a divulgação dos resultados do Enem, é importante:
- Analisar as notas: verifique suas notas em cada uma das provas e na redação;
- Participar dos processos seletivos: inscreva-se nos processos seletivos que utilizam as notas do Enem, como o SiSU (Sistema de Seleção Unificada), ProUni (Programa Universidade para Todos) e Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).
- Planejar os próximos passos: se você não foi aprovado no curso desejado, utilize o aprendizado adquirido no exame para buscar outras oportunidades, como cursos técnicos ou programas de mobilidade estudantil.
Programas para aplicar a nota do Enem
SiSU
Com a nota do Enem em mãos, o candidato pode se inscrever no SiSU, sistema gerido pelo MEC (Ministério da Educação) com oferta de vagas em instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil. A inscrições vão de 17 a 21 de janeiro, conforme o calendário do programa.
Quando o estudante realiza o login, o sistema recupera, automaticamente, as notas obtidas na edição do Enem válida para o processo seletivo.
Na inscrição, o candidato preenche um questionário socioeconômico do perfil e escolhe até duas opções de curso. Vale lembrar que é possível alterar os cursos selecionados durante todo o período de inscrições.
É possível optar pelo SiSU os candidatos cujas notas são maiores que zero na redação e que não declararam estar na condição de treineiros.
Confira o cronograma do SiSU
- Inscrições: 17 a 21 de janeiro de 2025
- Chamada regular: 26 de janeiro de 2025
- Matricula ou registro acadêmico junto à instituição: 27 a 31 de janeiro de 2025
- Manifestação de interesse na lista de espera: 26 a 31 de janeiro de 2025
ProUni
Os candidatos também podem usar o resultado do Enem para o ProUni, que disponibiliza bolsas de estudo, integrais e parciais — 50% do valor da mensalidade — em cursos de graduação na grade de instituições privadas. Essa modalidade é voltada para estudantes de baixa renda, sem recursos financeiras para pagar integralmente por um curso.
Para se inscrever é preciso ter realizado pelo menos uma das duas últimas edições do Enem, e ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média nas notas das cinco provas do exame.
Além disso, assim como para o SiSU, o estudante não pode ter tirado zero na prova de redação do Enem ou ter participado do exame na condição de treineiro.
No, ProUni, uma vez selecionado, o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio, para obter a bolsa integral, e até três salário mínimos para as bolsas parciais.
Fies
A nota do Enem também é um meio para se inscrever no Fies, um programa federal com o objetivo conceder financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos.
O Fies, criado em 2001, aplica o financiamento a quem tenha obtido notas nas provas igual ou superior a 450 pontos e nota superior a zero na redação. Também é necessário possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.
Para acessar a USP
Sim, é possível concorrer a vaga na USP (Universidade de São Paulo) utilizando a nota do Enem. Existe a reserva 20% das vagas para o processo seletivo Enem USP.
A nota no Enem é utilizada respeitando os pesos das notas de cada curso, período e modalidade de concorrência.
Ingressar em universidade portuguesas
Os resultados do Enem também podem ser usados nos processos seletivos em Portugal, em 35 instituições de ensino superior. Cada instituição define as regras e os pesos para uso das notas.
Segundo o MEC, os acordos internacionais com o Inep não envolvem transferência de recursos e não preveem financiamento estudantil pelo governo brasileiro.
Por: CNN Brasil
