“A gente sabe que a ETA I [Estação de Tratamento de Água] é responsável por 40% da água em Rio Branco. Já temos esse recurso assegurado pelo governo do Estado e, com a ETA II, já asseguramos com o Ministério [de Integração e Desenvolvimento Regional]”. Foi com estas palavras que o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou, em coletiva de imprensa, realizada no gabinete da Prefeitura, o decreto de situação de emergência em relação à captação da ETA I, já publicado na edição desta quinta-feira, 2, do Diário Oficial do Estado (DOE). Bocalom enfatizou uma parceria entre governo e prefeitura, com um montante de aproximadamente R$ 10 milhões para recuperação do abastecimento.
Ainda na coletiva, Bocalom, reforçou que, infelizmente, a gestão ficou com a questão da água em momento crítico na história, citando o desmoronamento da ETA II e, em seguida, o da ETA I. “Mas faz parte do jogo e evidentemente que a gente teve que fazer o decreto emergência pra que a gente possa tentar buscar recursos fora”, explica.
Bocalom afirmou ainda que já conversou com o governador Gladson Cameli e equipe técnica para planejamentos futuros. “Em recursos, está em torno de R$ 10 milhões disponíveis para a recuperação da ETA I, isto por parte do governo do Estado”, reforçou, enfatizando que este é um problema de mais de 30 anos. “Foram 30 anos de falta de investimentos e é claro que uma hora ia quebrar nas nossas mãos. Mas graças ao trabalho muito que a nossa equipe tem feito, não tivemos um colapso”, afirmou.
O prefeito comentou ainda sobre a falta de água momentânea que houve em dezembro. “Mas a ETA está trabalhando a partir de 800 litros por segundo, a produção tem que ser na faixa de 1,1 mil, e acabou causando uma falta de água por conta dos filtros que ali estavam, que já eram antigos e já estão sendo recuperados”, finalizou.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, comentou ainda que ETA I será realocada para um novo lugar, mais seguro e fora da área de risco já mapeada. “A partir daí nós vamos ter um local mais seguro, mas imediatamente já precisamos fazer uma intercalação para que se diminua a questão da velocidade da erosão, porque ali nós temos adutoras que são de aço, não têm flexibilidade, diferente da ETA II, que já tem adutoras com flexibilidade, que não compromete o abastecimento, que é uma das grandes preocupações da prefeitura”, afirmou.
Agora, ainda segundo Falcão, a parceria com o governo do Estado em relação ao abastecimento de água já é um projeto antigo, com recursos já mantidos. “Estamos em busca de fazer a liberação desse recurso para podermos começar imediatamente as intervenções na ETA I, apesar de já ter intervenção, de maneira que a gente consiga preservar o abastecimento de água. Continuaremos trabalhando muito para poder manter o abastecimento”, finalizou.