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Com mais de 4,3 mil casos de dengue e uma morte, Acre decreta situação de emergência em saúde pública

Com mais de 4,3 mil casos de dengue e uma morte, Acre decreta situação de emergência em saúde pública

Foto: Leandro Chaves

O governo do Acre declarou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento dos casos de síndromes febris causadas por arboviroses, como a dengue. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde (Sesacre) em coletiva nesta quarta-feira, 8.

Em 2024, o estado registrou 6.346 pacientes suspeitos de dengue, sendo 4.300 confirmados. Entre os casos comprovados, 24 evoluíram para sinais de alarme e uma criança em Cruzeiro do Sul morreu. Além disso, outros dois óbitos estão em análise.

A situação tem gerado preocupação, apesar do tipo de dengue em circulação no estado ser da cepa 1 e 2, já conhecida dos acreanos. Embora o tipo 3, que causa a forma hemorrágica da doença, esteja sendo registrado em outros estados, não há confirmação de sua presença no Acre, segundo o secretário de Saúde, Pedro Pascoal.

Ele informou que esse aumento nos casos pode não estar relacionado à circulação dessa cepa tipo 3, mas sim pelos fatores sazonais, como aumento do volume de chuvas, por exemplo.

“O crescimento expressivo de atendimentos suspeitos de dengue nas nossas unidades de saúde chamou a atenção da Sesacre. A situação já estava sendo acompanhada e, a partir desse decreto, poderemos dar um amparo maior aos municípios, sobretudo aqueles que lideram o número de casos prováveis”, afirmou o secretário.

Além disso, foi observado um aumento de 19% nas notificações de casos suspeitos de dengue em relação ao ano anterior, com destaque para as cidades de Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Epitaciolândia, que lideram o número de ocorrências prováveis. Onze municípios do Acre estão em estado de risco devido à alta quantidade de notificações.

O decreto de emergência, que deve ser publicado ainda nesta quarta-feira, 8, em edição extra do Diário Oficial do Estado, ou, no máximo, até esta quinta, 9, é uma medida estratégica para garantir o acesso rápido a recursos do Ministério da Saúde. Isso permitirá a aquisição de insumos, a realização de campanhas informativas e o reforço nas ações de combate à doença.

De acordo com o governo, o decreto não implica em pânico, mas é uma ferramenta importante para fortalecer a estrutura de saúde pública, garantindo que as unidades estaduais tenham os recursos necessários para absorver os pacientes e oferecer o tratamento adequado, incluindo internações em UTIs e enfermarias.

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