A estátua do seringueiro e ativista ambiental Chico Mendes, localizada em Rio Branco, foi novamente alvo de vandalismo, desta vez com as mãos arrancadas. O ataque ocorreu durante a madrugada e gerou indignação de entidades e autoridades. O Comitê Chico Mendes, que em dezembro de 2024 promoveu uma programação pelos 80 anos do líder seringueiro, emitiu uma nota repudiando o ato.
Essa não é a primeira vez que o monumento sofre depredações. Em 2018, a figura do menino que acompanhava Chico na escultura foi furtada. Em 2022, o monumento foi arrancado e derrubado ao chão. Após ser revitalizado pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), a estátua foi entregue restaurada em novembro de 2023.
“Atentar contra a imagem de Chico, em um ano tão simbólico como o ano em que o nosso país sediará a COP30, é atacar ideais, lutas, vozes e sonhos por um mundo mais justo e verde. Repudiamos essa violência, ainda mais em um local de ampla movimentação e com monitoramento policial. A estátua é um patrimônio público e o cuidado com a escultura perpassa por diversos setores da sociedade. Urge uma investigação do caso. Afinal, um atentado a Chico é sempre uma ameaça aos valores que buscam transformar a situação de desequilíbrio climático que vivemos atualmente”, disse o comitê em nota.
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A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) garantiu que os responsáveis serão investigados e poderão responder pelo crime de vandalismo, de acordo com o artigo 163 do Código Penal brasileiro. A pena pode variar de seis meses a três anos de detenção, além de multa por danos ao patrimônio público.