As exportações do Acre para o Peru bateram recorde no ano passado, com 24,9 milhões de dólares movimentados (ou R$ 150 milhões), segundo a Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict).
Com isso, o país vizinho se firma como o principal destino das exportações internacionais acreanas. Em 2024, o estado enviou seus produtos para mais de 30 nações, sendo que o Peru, sozinho, ficou com expressivos 28,5% dessas transações.
Para o titular da Seict, Assurbanipal Mesquita, esses números foram influenciados, principalmente, pela exportação de carnes bovina e suína aos mercados andinos. A carne de porco do Acre obteve autorização para entrar em solo peruano no início de 2023, e, hoje, o estado colhe os bons frutos desse mercado.

O secretário ressaltou que outros produtos locais também ganham destaque nesse cenário, como a castanha, que já é comercializada no país vizinho há mais tempo, entre outros itens.
“Podemos comemorar também diversas outras iniciativas empresariais que estão começando a comercializar no Peru, como, por exemplo, a ração animal, outros tipos de alimento e algumas bebidas”, pontuou Mesquita.
O gestor se mostra otimista sobre a expansão dessa relação comercial com os peruanos. “Neste ano, com certeza, iremos superar ainda mais esses número, porque esse trabalho está iniciando agora e os nossos empresários estão buscando, a cada dia, por novos mercados, investindo e potencializando isso”.
A inauguração da primeira etapa do Porto de Chancay, em novembro do ano passado, no Peru, amplia ainda mais as possibilidades comerciais do Acre não só para o país vizinho, mas também para nações asiáticas, com destaque para a China, a segunda maior economia do planeta e grande parceira comercial do Brasil.

O complexo portuário foi financiado pelos chineses e já é a maior estrutura do tipo construída pelos asiáticos em toda a América do Sul. “O Porto de Chancay chega como uma motivação a mais para o setor empresarial acreditar nessa integração comercial”, avalia Mesquita.
“A partir de agora, podemos sonhar com mais cagas passando pelo Acre e mais exportações. Nós temos buscado desenhar o estado como um elo entre o Pacífico e o Brasil, ou seja, a porta de entrada para o nosso país. Essa é uma nova oportunidade que estamos destacando, na qual qualquer empreendedor local pode aproveitá-la”.