Guilherme Silva da Cruz, de 23 anos, que havia sido liberado durante audiência de custódia no último domingo, 12, após ser preso em flagrante por tentativa de estupro no Horto Florestal, em Rio Branco, teve prisão preventiva decretada na tarde desta segunda-feira, 13. A decisão é do juiz Clovis de Souza Lodi, da Vara Estadual do Juiz das Garantias da Comarca da capital.
A nova decisão reverte a liberdade provisória concedida anteriormente, diante da gravidade dos fatos e da reincidência do acusado. No documento, o magistrado destacou que a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública e evitar a reiteração criminosa, considerando o histórico de crimes violentos e sexuais do investigado.
“Considerando a gravidade concreta do fato, os antecedentes criminais do custodiado, sendo importante destacar que já foi condenado por crime da mesma natureza, o que demonstra a probabilidade de reiteração criminosa, sendo a decretação da prisão preventiva a única medida eficaz à garantia da ordem pública e da integridade física e psicológica da vítima”, afirmou Lodi na decisão.
Relembre o caso
O crime ocorreu na manhã do último sábado, 11, no Horto Florestal, em Rio Branco. A vítima foi atacada por Guilherme, que a arrastou para dentro de um matagal e a agrediu fisicamente, deixando-a desacordada.
Durante a luta corporal, ele utilizou a pochete da vítima para pressionar seu pescoço, causando hematomas e ferimentos por todo o corpo. O crime foi frustrado quando a mulher recobrou a consciência e gritou por socorro, o que levou o acusado a fugir do local. Ele foi capturado posteriormente no bairro Tancredo Neves e reconhecido pela vítima e por uma testemunha.
Na audiência de custódia realizada no domingo, a juíza plantonista Joelma Ribeiro havia concedido liberdade provisória ao acusado, com a aplicação de medidas cautelares.
No entanto, o Ministério Público recorreu da decisão, argumentando que as medidas eram insuficientes diante da gravidade do caso e do risco à ordem pública. O promotor de Justiça Rogério Munoz ressaltou a violência empregada no crime e a necessidade de proteção da sociedade.
Na decisão que determinou a prisão preventiva, o juiz Clovis Lodi frisou que a conduta do acusado demonstra alto grau de periculosidade.
“Os fatos narrados indicam que o investigado agiu com extrema violência contra a vítima, deixando-a desacordada e com hematomas pelo rosto, após agredi-la fisicamente. Durante a luta corporal, utilizou a pochete da vítima para pressionar seu pescoço, evidenciando alto grau de periculosidade e risco concreto a vida da vítima. Essa conduta gera fundado receio de risco à ordem pública, considerando o impacto ea gravidade das circunstâncias, além de ter sido praticada em local público bastante frequentado por mulheres, crianças e jovens na prática de exercício físico e famílias em momento de lazer”, enfatizou o magistrado.
O mandado de prisão foi expedido com urgência.