Cinco dias após o prefeito Tião Bocalom (PL) assinar o decreto de emergência em saúde pública devido ao aumento dos casos de dengue em Rio Branco, a gestão oficializou o documento nesta terça-feira, 28, em publicação no Diário Oficial.
O decreto possibilita a captação emergencial de recursos para melhor adaptar a rede municipal de saúde a esse cenário.
Entre as ações que podem ser colocadas em prática está a contratação de novos profissionais de saúde, aquisição de mais medicamentos e insumos para as unidades básicas e a intensificação da limpeza urbana para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Na justificativa do decreto, a prefeitura cita situação “alarmante” em relação à incidência não só de dengue, mas também do zika e chikungunya, que “afetam de maneira expressiva diversas áreas do município e que podem ser potencializadas durante o período chuvoso”.
Em 2024, foram notificados 6.346 casos prováveis de dengue, um aumento de 19,3% em relação ao ano anterior. Já os casos de chikungunya tiveram elevação de 411% entre o ano passado e 2023, enquanto o zika vírus avançou 49,5% na comparação entre o mesmo período.
Um levantamento feito em dezembro de 2024 pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) em 9.414 residências na capital aponta que em mais de 10% dessas moradias foi constatada a presença de larvas do Aedes aegypti. O índice considerado de alto risco para a ocorrência de surto ou epidemia de arboviroses.
Ainda segundo a prefeitura, as unidades de saúde municipais registraram crescimento nos atendimentos relacionados às arboviroses. A gestão chega a citar, no decreto, “superlotação” das Unidades de Referência em Atenção Primária (Urap).