O vereador de Rio Branco Samir Bestene (Progressistas) tem dado atenção às denúncias de perseguição de servidores na Secretaria Municipal de Educação (Seme) por parte do secretário adjunto Paulo Machado, que comanda a pasta interinamente desde o início do ano, enquanto o prefeito Bocalom (PL) não define o titular.
Nesta semana, um dia após as acusações de assédio moral virem à tona pela imprensa, o parlamentar esteve na sede da secretaria para conversar com Machado e entender o que vem acontecendo em uma das maiores e mais importantes pastas da gestão.
À GAZETA, Samir não deu detalhes sobre a reunião com o secretário, mas afirmou que não entendeu a afirmação de Bocalom de que as denúncias partem de pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT).
“Não faz sentido”, disse o vereador, ao lembrar que servidores da pasta apoiaram a reeleição do prefeito e não fizeram acusações do tipo durante o primeiro mandato de Bocalom, quando Nabiha Bestene, tia do parlamentar, comandava a Seme.
“A gente lutou tanto para tornar a Secretaria de Educação essa referência que ela é hoje. Em 2023, ficamos em segundo lugar no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] entre as capitais, e, no ano passado, recebemos, do Ministério da Educação, o Selo Ouro de Alfabetização. Por isso, essas denúncias me deixam triste”.
Samir defende a apuração rigorosa das acusações contra Paulo Machado e afirmou que, se as denúncias se comprovarem, não irá admitir, enquanto vereador, perseguições a servidores da pasta.
“Mesmo eu sendo de um partido da base do prefeito, o meu mandato é pautado pelo que é correto”, justifica.
Sobre o não retorno de sua tia para o comando da pasta, mesmo após os avanços na área, Bestene declara: “Em time que está ganhando não se mexe. O próprio prefeito Bocalom é quem diz isso”.