Pesquisas científicas indicam que a idade dos pais no momento da concepção pode influenciar a probabilidade de um filho ser diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Embora o autismo seja um transtorno neurodesenvolvimental complexo, influenciado por fatores genéticos e ambientais, diversos estudos apontam que a idade parental avançada pode representar um fator de risco relevante.
Estudos demonstram que tanto homens quanto mulheres mais velhos têm maior probabilidade de ter filhos com características do espectro autista.
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Uma pesquisa realizada em 2006, com base em registros médicos de 132 mil israelenses, revelou que pais na faixa dos 30 anos têm 1,6 vezes mais chances de ter um filho com autismo em comparação com aqueles com menos de 30 anos. Já entre os homens com 40 anos ou mais, o risco pode ser quase seis vezes maior.
Desde então, análises em diversas populações ao redor do mundo confirmaram essa tendência, sugerindo que o risco aumenta gradualmente com a idade, em vez de haver um limiar específico.
Por que a idade paterna importa?
Uma das hipóteses para essa relação está na acumulação de mutações espontâneas no esperma de homens mais velhos. Essas alterações genéticas podem ser transmitidas aos filhos e impactar o desenvolvimento neurológico, elevando o risco de autismo.
Embora a maior parte das pesquisas tenha se concentrado na idade paterna, há indícios de que a idade materna também pode influenciar o risco de autismo, especialmente entre mulheres com mais de 35 anos. A qualidade dos óvulos pode diminuir ao longo do tempo, aumentando a chance de alterações genéticas que possam estar associadas ao desenvolvimento do TEA. No entanto, os estudos sobre esse aspecto ainda são menos conclusivos.
O impacto da idade do casal
Pesquisas sugerem que o risco de autismo é ainda maior quando ambos os pais têm idades avançadas. Casais em que pai e mãe têm 35 anos ou mais apresentam uma probabilidade aumentada de ter um filho com TEA, em comparação com casais mais jovens. Contudo, a idade paterna parece ter um impacto ligeiramente maior do que a idade materna isoladamente.
Embora a idade dos pais seja um dos fatores de risco para o autismo, ela não deve ser encarada como uma causa determinante.
O TEA é uma condição multifatorial, resultante da interação entre predisposição genética e fatores ambientais. Assim, mais pesquisas são necessárias para compreender melhor os mecanismos que ligam a idade parental ao desenvolvimento neurológico das crianças.
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