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Marco temporal: STF discute demarcação de terras indígenas nesta 2ª

Marco temporal: STF discute demarcação de terras indígenas nesta 2ª

Foto: Reprodução

Uma audiência do Supremo Tribunal Federal (STF), marcada para esta segunda-feira (17/2), discute uma proposta de texto para alterar a Lei do Marco Temporal, que trata da demarcação de terras indígenas. A minuta da proposta havia sido divulgada na sexta-feira (14/2) pelo ministro Gilmar Mendes.

Nesta segunda-feira (17/2), o objetivo é buscar consenso nos pontos de divergência e debater eventuais ajustes textuais na proposta final de alteração legislativa. Todos podem fazer modificações no texto ao longo dos debates.


O que dizem sobre o marco temporal?


A reunião é baseada em sete sugestões recebidas pelo gabinete do ministro do STF Gilmar Mendes. As propostas foram apresentadas pelos seguintes grupos:

Uma reunião extraordinária nesta terça-feira (18/2) foi reservada para um esforço concentrado entre os participantes para avançar nos debates.

Marco temporal

O marco temporal é uma tese jurídica que afirma que os povos indígenas só teriam direito à demarcação das terras que estivessem habitadas por eles no momento da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.

A proposta se contrapõe à teoria do indigenato, que considera que o direito desses povos sobre as terras tradicionalmente ocupadas é anterior à criação do Estado brasileiro, cabendo a este apenas demarcar e declarar os limites territoriais.

A discussão sobre o marco temporal teve início no STF em 2009, no julgamento da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.

No entanto, o debate voltou à tona em 2019, quando uma ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, da Terra Indígena Ibirama Laklãnõ, onde também vivem povos Guarani e Kaingang, ganhou repercussão geral.

Desde de o ano passado, o STF tem realizado audiências de conciliação para tentar um acordo sobre o tema.

Por: Metrópoles

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