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Acre conta com 17 equipes de saúde ribeirinha e terá reforço com reajuste de 30% nos repasses

Acre conta com 17 equipes de saúde ribeirinha e terá reforço com reajuste de 30% nos repasses

Foto: João Vitor Moura/MS

O Ministério da Saúde publicou uma portaria que estabelece um reajuste médio de 30% no custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR), como parte da estratégia federal para reforçar a atenção primária em regiões de difícil acesso. No Acre, 17 equipes de saúde atuam diretamente na assistência à saúde, atendendo milhares de pessoas que dependem do SUS. Além disso, o estado conta com uma Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF), embarcação equipada para consultas médicas, exames laboratoriais e pequenos procedimentos cirúrgicos.

“O fortalecimento do SUS, que foi a missão dada a mim pelo presidente Lula, já resultou em melhorias concretas nos indicadores de saúde. Um exemplo disso é o aumento de 60% no número de cirurgias realizadas na região amazônica, em parceria com estados e municípios”, destacou Nísia. Vale lembrar que essa é a primeira vez desde 2017 que o governo federal reajusta o repasse às eSFR.

O anúncio do reajuste foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante a abertura do ‘Encontro Nacional da Estratégia Saúde da Família Ribeirinha: Nos Caminhos das Águas o SUS se Fortalece’, realizado na Assembleia Legislativa do Amazonas, com a presença de parlamentares, prefeitos e gestores da saúde.

Investimentos ampliados e novos incentivos

O financiamento para essas equipes mais que dobrou, passando de R$ 80,5 milhões em 2022 para R$ 168,1 milhões em 2024. Para 2025, a previsão de investimento é ainda maior: R$ 288 milhões, um aumento de 71% em comparação ao ano passado.

Com esse reforço, o Ministério da Saúde pretende expandir o número de equipes ribeirinhas, chegando a 340 até o final de 2025. Atualmente, 310 equipes estão homologadas e em operação.

Mudanças e reajustes na nova portaria

A nova portaria promove uma série de ajustes para aprimorar a atenção primária em regiões ribeirinhas, fortalecendo a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA). Entre as principais mudanças, estão:

Valorização dos profissionais

Os incentivos financeiros foram ampliados para:

Incentivos para transporte terrestre e fluvial

Melhoria na infraestrutura dos pontos de apoio

Os pontos de apoio para as equipes também receberão reajuste no financiamento, garantindo melhores condições de atendimento:  

Reajuste do incentivo fixo para as equipes:

Apoio à implantação de novas equipes:

Criação de incentivos por desempenho: 

Impacto na assistência à população ribeirinha

Criadas em 2010, as Equipes de Saúde da Família Ribeirinha e as Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSFs) são fundamentais para levar atendimento médico, odontológico e de enfermagem às populações isoladas da Amazônia Legal e do Pantanal Sul-Mato-Grossense.  Durante a agenda em Manaus, a ministra conheceu o Barco Hospital São João XXIII, que oferece atendimento especializado em saúde com recursos do SUS.

Apesar dos avanços, os desafios na região ainda são grandes, devido à dispersão dos domicílios, isolamento geográfico, acesso limitado à energia e dificuldades de comunicação. Esses fatores tornam o trabalho das equipes de saúde ainda mais essencial para garantir o direito à saúde nas áreas ribeirinhas.

“Ainda há desafios. Por isso, escutamos as demandas de comunidades, trabalhadores e gestores para garantir mais estrutura e ampliar o atendimento nessas regiões de grandes distâncias. E é exatamente isso que estamos fazendo com todos esses incentivos”, concluiu a ministra.

Por: Ministério da Saúde

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