Os 24 deputados estaduais do Acre iniciaram os trabalhos legislativos de 2025 nesta terça-feira, 4, com uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado (Aleac). O governador Gladson Cameli (PP) participou do evento e fez a leitura da carta governamental, apresentando as prioridades de sua gestão para o ano.
O presidente da Aleac, Nicolau Júnior (PP), destacou a importância da leitura da mensagem governamental, considerando-a uma tradição que promove transparência e aproxima o governo da sociedade.
“Todo início do ano tem essa leitura do governo, onde o governo coloca os avanços do ano anterior e também quais vão ser as diretrizes, as suas prioridades, os programas que o governo vai fazer neste ano de 2025 e também traz transparência tanto para o poder legislativo, porque cada deputado vai conhecer o plano do governo de 2025, e a sociedade também vai poder acompanhar de forma mais de perto”, afirmou.
Prioridades do governo para 2025
Gladson Cameli enfatizou a necessidade de prestar contas ao Legislativo e reforçar o diálogo com os parlamentares. “É o momento de prestar contas daquilo que foi feito e de como está a situação do Estado. Minha presença aqui reforça ainda mais esse compromisso”, declarou.
O governador também ressaltou a continuidade de investimentos em obras, afirmando que não há mais espaço para novos compromissos que comprometam o planejamento financeiro. Ele citou a entrega de hospitais em Acrelândia, Feijó, Sena Madureira e Vila Campinas, além da nova maternidade de Rio Branco, cuja segunda etapa está em andamento. “Queremos entregar essa maternidade ainda este ano”, afirmou.
Cameli também elogiou sua equipe governamental, incluindo secretários e servidores. “Minha gratidão a todos, desde os secretários até quem me serve o café. São eles que nos ajudam a diminuir as diferenças e aproximar o Estado das pessoas”, destacou.
Críticas da oposição
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) avaliou o retorno dos trabalhos legislativos. Para ele, o último ano do governo de Gladson Cameli será marcado pelas cobranças das promessas não cumpridas desde o primeiro mandato.
“Prometeram retomar questões importantes no primeiro ano, não fizeram; prometeram no segundo, também não cumpriram, e agora estamos entrando no terceiro ano sem solução”, declarou.
Magalhães também fez duras críticas à educação e à saúde. Ele afirmou que a saúde enfrenta um cenário de “descontrole” e que a educação sofreu uma “covardia” com a retirada de direitos históricos dos profissionais. Além disso, apontou problemas no concurso público anunciado como o “maior da história”, afirmando que ele está “marcado por fraude”.