Policiais militares e bombeiros lotaram as galerias da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na manhã desta quarta-feira, 12, para protestar por melhores salários e valorização das categorias.
O grupo alega que está há 10 anos sem negociação salarial, o que impacta o poder de compra e a renda dos agentes de segurança pública do estado.
De acordo com o presidente da Associação dos Militares do Acre (Ameac), Kalyl Moraes, as perdas salariais da categoria, nessa uma década sem acordos, chegam a mais de 50% em relação à inflação.
“Estamos há dez anos sem uma negociação de fato que traga o reajuste salarial. E o que mais nos causa indignação é que o governador assumiu esse compromisso em 2018, mas até hoje ele não foi cumprido”, explicou o presidente da associação.
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A última negociação salarial da categoria, segundo o representante, ocorreu em 2015, mas o último reajuste pago foi em 2018. Moraes apontou que, além do impacto financeiro, a falta de valorização afeta diretamente as condições de trabalho dos militares.
“Hoje temos um déficit efetivo, militares adoecidos e muitos estão deixando a carreira em busca de melhores condições. Isso prejudica o atendimento à população”, afirmou.
O protesto também levou à pauta a questão da isonomia salarial entre os militares estaduais e outras forças de segurança. Moraes frisou a importância de garantir direitos iguais, como a equiparação salarial, para que todos os profissionais sejam tratados de maneira justa. “Estamos aqui para cobrar respeito às nossas demandas e para que a nossa categoria seja valorizada como merece”, completou.
Na plenária da Alea, os agentes contaram com o apoio dos deputados Emerson Jarude (Novo), Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Gene Diniz (Republicanos), que condenaram a falta de reajustes expressivos para a categoria.
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