O Acre enfrenta um cenário preocupante de aumento no desmatamento e na degradação florestal, conforme dados divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
O levantamento, realizado por meio do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), aponta que, entre janeiro e dezembro de 2024, o estado teve um desmatamento de 464 km², o que representa um aumento de 39% em comparação aos 333 km² registrados em 2023.
O Acre se posicionou como o estado que teve maior crescimento no desmatamento entre os estados da Amazônia Legal.
Feijó foi o terceiro município que mais desmatou a Amazônia em 2024, com 111 km² de área derrubada, um aumento de 44% em relação aos 77 km² de desmatamento registrados no município em 2023.
Além do desmatamento, a degradação florestal também teve um aumento alarmante no estado acreano. De janeiro a dezembro de 2024, o Acre registrou 184 km² de área degradada, o que representa um aumento de 318% em relação aos 44 km² de degradação registrados em 2023.
O aumento é parte de uma tendência preocupante na região amazônica, onde a degradação florestal foi seis vezes maior do que no ano anterior, somando 36.379 km² de área afetada.
Esse aumento expressivo na degradação é atribuído, principalmente, ao crescimento das queimadas, que atingiram números alarmantes em agosto e setembro de 2024.