Matemático, físico, astrônomo, teólogo e autor da lei da gravidade, Isaac Newton (1642-1727) previu o fim do mundo para 2060, em uma carta escrita em 1704. Baseada em textos bíblicos, a teoria de Newton sobre o Armagedom narra a reconstrução do mundo em 35 anos após pragas, guerras e “a ruína das nações perversas”. Além de cientista, Newton era um ávido estudioso de textos religiosos
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Armagedom é um termo bíblico cujo significado é a batalha entre as forças do bem e do mal, descrito no livro Apocalipse, escrito por João. Acompanha uma catástrofe mundial na qual os maus serão destruídos e os bons sobreviverão. Jesus e os santos, então, retornariam à Terra para estabelecer um reino mundial de paz de mil anos, teoria interpretada por Newton a partir de datas listadas no Livro de Daniel.
Os cálculos foram interpretados pelo cientista a partir do princípio “dia-por-ano”, no qual os dias bíblicos são transformados em anos reais equivalentes. Um período de corrupção cristã foi apontado no estudo a partir de 800 d.C., fundação do Sacro Império Romano. Ao somar 1.260 anos à data, Newton apontou 2060 como o fim dos tempos. Embora a hipótese possa causar pânico, a profecia marca um recomeço divino.
Segundo Stephen D. Snobelen, professor de história da ciência e tecnologia da Universidade King’s College, em Halifax, em Londres, Newton não reconhecia uma diferença entre a religião e a ciência. De acordo com o professor, os textos do cientista antecipam o início de uma nova era, profecia bíblica na qual os judeus retornariam a Israel e reconstruiriam o Templo antes da segunda vinda de Cristo.
Na carta, Newton escreveu: “(O Mundo) Pode acabar mais tarde, mas não vejo razão para acabar mais cedo.” O juízo final visa “pôr fim às conjecturas precipitadas de homens fantasiosos que frequentemente preveem o tempo do fim e, ao fazer isso, desacreditam as profecias sagradas sempre que suas previsões falham.”
Por Correio Braziliense