O biomédico Wesley José Oliveira de Almeida, que teve sua clínica de estética e harmonização íntima em Rio Branco interditada pela Polícia Federal nesta terça-feira, 25, gravou uma série de vídeos em que se defende das acusações de exercício ilegal da medicina.
Segundo ele, o fechamento de seu local de trabalho foi fruto de “muita dor de cotovelo”, expressão popular que significa inveja ou ciúme.
“Cá entre nós: é muita dor de cotovelo, né? O cara é biomédico, consegue pegar o celular, consegue fazer um vídeo, consegue se comunicar muito bem com as pessoas, aí causa isso aí. Se destaca e leva martelada”, afirmou Wesley.
A interdição da clínica se deu em cumprimento a uma decisão da Justiça Federal após processo movido pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia (CRM-RO). O CRM do Acre reforçou a ação e acompanhou os trabalhos da PF na capital acreana.
Wesley também teve seu perfil profissional no Instagram suspenso e terá de pagar multa de R$ 900 mil por descumprimento de uma ordem judicial anterior.
O biomédico informou que está em contato com colegas de profissão de outras regiões do país para organizarem um movimento “bem grande”. Ele não deu detalhes sobre como será o ato.
“Não é possível que apenas um conselho determine o que é e o que não é para que os outros conselhos possam atuar ou não”, disse o profissional, que já havia sido proibido de realizar e divulgar procedimentos de harmonização íntima, considerados invasivos e exclusivos da medicina, conforme legislação.
“A realização de procedimentos invasivos por profissionais sem formação médica coloca em risco a segurança dos pacientes e representa um grave desrespeito às normas de saúde”, destacou o coordenador jurídico do CRM-AC, Mário Rosas.
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