Representando resistência, visibilidade e celebração, acontece a terceira edição do Festival Internacional de Cinema LGBTQIAPN+ Transamazônico nesta terça-feira, 25, a partir das 18h30, no Cine Teatro Recreio. Com uma programação diversificada e gratuita, o evento conta com exibições de filmes premiados, um minicurso com a artista Kika Sena, além da festa de encerramento, a CineFest Queer.
Diante de um país onde os direitos da população LGBTQIAPN+ ainda são constantemente ameaçados, o produtor cultural e idealizador do festival, Moisés Alencastro, relatou à GAZETA o que o evento representa para a comunidade em meio a este cenário.
“O festival se torna um espaço seguro para discutir, refletir e celebrar nossas existências. Ele não só amplifica vozes que muitas vezes são silenciadas, mas também fortalece a luta por igualdade e respeito. É um lembrete poderoso de que nossa comunidade é diversa, resiliente e cheia de histórias que merecem ser contadas”, conta.
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Moisés ainda enfatiza que o principal objetivo do festival é continuar crescendo e se fortalecendo como um espaço de referência para o cinema queer na Amazônia e no mundo, ampliando o alcance e incluindo mais produções de realizadores LGBTQIAPN+ da região amazônica e de outros países.
Iniciando a programação em grande estilo, a produção do evento preparou uma recepção com sorteio de brindes, sessão extra e apresentação musical da artista Saliza.
O curta-metragem “O Nome”, dirigido pela cineasta acreana Rose Farias, é uma das grandes atrações do festival e abrirá as exibições da noite. A obra mergulha nas vivências da ativista LGBTQIAPN+ e mãe de santo Rubby Rodrigues e do jovem trans Murilo, que partilham suas jornadas em torno do nome social, refletindo sobre amor, aceitação e transformação.
Na sequência, o público poderá desfrutar do filme “Paloma”. Dirigido por Marcelo Gomes, o longa é inspirado em uma história real e narra a trajetória de uma mulher trans que desafia o conservadorismo de uma sociedade rural para realizar seu sonho.
A artista que interpretou a personagem principal, Kika Sena, foi a primeira atriz trans a receber o Troféu Redentor de Melhor Atriz no Festival do Rio por sua entrega e trabalho na obra. Na quarta-feira, 26, ela ministrará uma oficina sobre a “Presença de Profissionais Trans e Travestis no Cinema Brasileiro”.
Empolgado, o artista Alencastro conta sobre suas expectativas em relação ao evento. “Espero que o festival seja um espaço de acolhimento, celebração e reflexão, ampliando vozes e histórias da comunidade LGBTQIAPN+ através do cinema. É um momento para fortalecer a diversidade e a inclusão”, declara.
Confira os dias e horários da programação completa do festival
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