Mais que a exibição de filmes sobre a comunidade LGBTQIAPN+, o Festival Internacional de Cinema Transamazônico tem promovido um espaço de acolhimento, fala e reflexão sobre a temática da diversidade e suas inúmeras formas de existir no mundo.
Nos últimos dois dias, o Cine Teatro Recreio recebeu um público diverso, animado e irreverente. Uma verdadeira revolução promovida por meio da arte em suas mais variadas vertentes: audiovisual, música, dança e teatro.
Nesta quinta-feira, 27, o festival encerra as suas atividades, em Rio Branco, com uma programação que incluis longas e curtas-metragens, incluindo o filme acreano ‘Maués: A Garça’, dirigido pela cineasta Isabelle Amsterdam.
Exibido na última edição do Transamazônico, em 2022, Maués: A Garça volta às telonas do festival por sua relevância cultural e produção sensível. O curta mergulha na dualidade e na intensidade da arte de Maués Melo, ao resgatar a trajetória desse artista múltiplo, interrompida precocemente pelo HIV, mas, eternizada na dança, na poesia e na transgressão.
“Maués foi uma figura muito icônica pro tempo que esteve, sua história é viva no Acre. Reexibir o filme é gratificante, uma vez que ele recebeu reconhecimento nacional. Nós ganhamos um festival no Amazonas de melhor montagem. Portanto, voltar exibi-lo no Transamazônico é maravilhoso!”, destacou a diretora, Isabelle Amsterdam.
A cineasta salienta ainda que a produção de Maués foi feita em ilha, ou seja, com material de arquivo da época. “Não é um filme que a gente saiu para filmar, mas, todas as personagens, que deram as entrevistas, foram personagens que enriqueceram muito a história que buscamos passar sobre o Maués, elas [personagens] trouxeram uma memória muito viva. Foi um trabalho árduo de ser produzido foi durante a pandemia da Covid-19”, explica.
A programação de hoje começa logo mais, às 16 horas, no Cine Teatro Recreio, com exibição de: ‘Maués: A Garça’ (12 anos); ‘Se Trans For Mar’ (14 anos) e ‘Tudo O Que Você Podia Ser’ (12 anos). À noite, o público vai apreciar: ‘Pirenopolynda’ (16 anos); ‘Casa de Bonecas’ (16 anos), e ‘Salomé’ (18 anos).
O Festival Transamazônico é um projeto aprovado pela Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), com financiamento pelo Ministério da Cultura (MinC). O evento é uma realização da MF Alencastro, com apoio do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), Prefeitura de Rio Branco, Ministério Público do Acre (MPAC), Comissão da Diversidade Sexual da OAB Acre, Fórum de ONGS LGBT do Acre, Associação dos Homossexuais do Acre (AHAC), Conselho Estadual de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CECDLGBT), Made In Acre, Rosasfarma, ContilNet, Top Mídia, Afa Jardim, Avatim, Estetic Face, Donn Barbearia e Casa do Rio.
A programação completa e os cliques da estreia podem ser conferidos na página do festival @festivaltransamazonico.
FestCine Queer
Para quem curte uma boa agitação, a FestCine Queer promete balançar as estruturas da Casa Rio, na noite desta quinta-feira. Celebrando a terceira edição do Festival Transamazônico, o evento vai reunir muita arte, talento e cultura, a partir das 21 horas.
Para animar a noite, a FestCine Queer vai contar com a animação e potência da cantora Saliza e banda. Na sequência, é a vez da DJ Lily entrar em cena com um set pesadíssimo de funk, pop e latinidades para o público se jogar na pista.
O ingresso custa apenas R$ 20,00 e será vendido na bilheteria da Casa do Rio.