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Festival Transamazônico estreia em Cruzeiro do Sul com filme ‘O Nome’ e festa da diversidade

Festival Transamazônico estreia em Cruzeiro do Sul com filme ‘O Nome’ e festa da diversidade

Rose Farias é cineasta, diretora do filme "O Nome" e produtora executiva do Festival Transamazônico (Foto: Cedida)

A terceira edição do Festival Internacional de Cinema LGBTQIAPN+ Transamazônica estreia, neste sábado, 15, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, a partir das 18h30, no Cine Romeu.

Com entrada gratuita, a mostra oferece, durante todo o fim de semana, sábado e domingo (15 e 16), exibições de longas e curtas que abordam a temática do universo LGBTQIAPN+.

Abrindo a programação com chave de ouro, a curadoria optou por apresentar, neste sábado, a produção inédita “O Nome”, da cineasta de Rose Farias.

De natureza sensível e contemplativa, o filme mergulha nas vivências da ativista LGBTQIAPN+ e mãe de santo, Rubby Rodrigues, e do jovem trans Murilo, que partilham suas jornadas em torno do nome social, refletindo sobre amor, aceitação e transformação.

Entre conversas com a família e memórias resgatadas, o curta nos leva a uma despedida simbólica dos “nomes de batismo”, celebrando a autenticidade e os corpos em liberdade.

“A ideia do filme surgiu da minha amizade com Murilo e Rubby. Queria explorar a importância do nome e como ele afeta a vida das pessoas. Com a aprovação do edital Aldir Blanc, decidi filmar um dia na vida deles, sem invadir sua privacidade. O resultado foi um depoimento sincero das mães, mostrando que o amor é o que mais importa”, destaca a cineasta Rose Farias.

Na programação de hoje, o público também vai apreciar a exibição do filme “Paloma”. Dirigido por Marcelo Gomes, o longa-metragem é inspirado em fatos reais, e narra a trajetória de uma mulher trans que desafia o conservadorismo de uma sociedade rural para realizar seu sonho.

Kika Sena, atriz que interpreta a personagem Paloma, se consagrou como a primeira atriz trans a receber o Troféu Redentor de Melhor Atriz no Festival do Rio por seu trabalho no filme. Kika, que já morou no Acre e compõe o elenco de “Noites Alienígenas”, é uma das curadoras do Festival Transamazônico.

Cine Fest Queer

Para abrilhantar a noite de lançamento do Festival Transamazônico, no Juruá, o público será presenteado a balada da diversidade, Cine Fest Queer, a partir das 21h30, na Maralícia Comida Mexicana – localizada na Avenida Rodrigues Alves, Centro de Cruzeiro do Sul.

Quem comandará a agitação será a DJ Lily, com um set pesadíssimo de funk, pop e latinidades para ninguém ficar parado!

Sobre o Transamazônico

Idealizado pelo produtor cultural Moisés Alencastro, o evento visa difundir conteúdos e estéticas LGBTQIAPN+, promovendo debates e reflexões sobre questões de gênero, identidade e cidadania.
Em Rio Branco, o festival será promovido de 25 a 27 de fevereiro. A realização da mostra em duas cidades acreanas reforça a importância da descentralização da cultura e do cinema, levando essa discussão relevante e transformadora para diferentes regiões do estado. Além das exibições, o evento busca fomentar diálogos e reflexões aprofundadas sobre cidadania LGBTQIAPN+ e direitos humanos, fortalecendo a luta por igualdade e visibilidade na região amazônica.

O Festival Transamazônico é um projeto aprovado pela Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio da FEM, com financiamento pelo Ministério da Cultura (MinC). O evento é uma realização da MF Alencastro, com apoio do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). No Vale do Juruá, a atividade conta com o apoio da Prefeitura de Cruzeiro do Sul, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Secretaria Municipal de Cultura e a de Comunicação.

Festival Transamazônico estreia em Cruzeiro do Sul com filme ‘O Nome’ e festa da diversidade
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