A fila de espera para transplantes no Acre conta com 211 pacientes, informou, nesta quinta-feira, 5, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Desse total, 179 aguardam por córneas, 26 por fígados e seis por rins.
“Todos já passaram por avaliação médica e estão aptos ao procedimento, a ser realizado quando houver órgãos disponíveis e compatíveis”, declarou a pasta.
Os procedimentos são realizados na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), que, em janeiro deste ano, transplantou dois pacientes renais.
Em 2024, a maior unidade de saúde do estado fez 62 transplantes: quatro renais, 16 hepáticos e 42 de córnea.
Apesar desses números, a Sesacre alerta que a recusa familiar ainda é entrave para que um órgão humano não seja doados.
“No Brasil, a Lei n° 9.434/2007, regulamentada pelo Decreto n° 9.175/2017, determina que mesmo que alguém queira ser doador depois de falecer, a decisão final sempre cabe à família”, explica a pasta.
No final de janeiro, um caso de doação de órgãos no Acre chamou a atenção. Após o falecimento da esposa do ex-deputado federal Fernando Melo, Esmeralda Melo, os órgãos dela foram doados, possibilitando o salvamento de outras vidas.
“Nós oferecemos todos os órgãos que fossem possíveis de serem retirados para ser doados a algumas pessoas que estão nessa estrada, as pessoas que estão esperando e também para as famílias que passarem o que eu passei, o que a nossa família passou”, declarou o ex-político.