A história de Kailiny Kauana Silva mudou drasticamente em junho de 2024. Aos 16 anos, ela começou a sentir dores de cabeça constantes, cansaço excessivo e, gradualmente, o quadro piorou com o surgimento de manchas no corpo e uma fraqueza crescente. No início, sua mãe, Queiliane Silva, levou a filha às unidades de saúde de Rio Branco, mas o diagnóstico demorou a sair.
A GAZETA conversou com Queiliane. A mãe relembrou as idas aos hospitais, onde os médicos atribuíam os sintomas, inicialmente, a algo simples.
“Eu dizia para os médicos que ela estava muito fraca e não conseguia se alimentar direito, mas eles não investigaram além disso. Só davam soro e remédio para dor”, conta Queiliane, acrescentando que a preocupação aumentou quando, após mais consultas e exames, o quadro de sua filha se agravou.
Kailiny começou a apresentar febre alta, o que levou a mãe a buscar atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito em outubro de 2024. Foi lá que a história de Kailliny tomou um novo rumo: o diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda tipo B foi confirmado após exames e biópsias.
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Tratamento intenso
Imediatamente, o tratamento de quimioterapia foi iniciado. Kailiny passou por quatro sessões intensas, mas os médicos logo informaram a Queiliane que os resultados não eram satisfatórios. A leucemia não havia regredido, e foi necessário iniciar um ciclo de quimioterapia ainda mais agressivo. Durante o tratamento, Kailiny enfrentou severos efeitos colaterais: perda de cabelo, emagrecimento, fraqueza extrema e episódios de vômito.
“Ela ficou muito magra, o cabelo caiu, mas o mais difícil era vê-la tão fraca, sem forças para fazer nada”, lembra Queiliane, que descreve a batalha diária de cuidar da filha. “Ela está bem na medida do possível, sem febre, mas sente muito enjoo e não consegue se alimentar direito. Mesmo assim, temos esperança de que ela melhore.”
Busca por tratamentos
Apesar dos esforços da equipe médica local, Queiliane sabe que o tratamento de Kailiny ainda está longe de ser finalizado. Em busca de uma chance de recuperação, ela procurou alternativas, considerando a possibilidade de levar a filha para outros estados em busca de melhores tratamentos.
O médico sugeriu a transferência de Kailiny para um hospital especializado em São Paulo ou no Paraná. No entanto, para que isso aconteça, Queiliane precisa da autorização de vagas em hospitais especializados, além de buscar a ajuda da Defensoria Pública para garantir o direito ao acesso a medicamentos necessários para o tratamento de sua filha.
“Eu tenho que ir atrás desse medicamento, que é um processo judicial, e vou continuar buscando a melhor opção para minha filha, mesmo que isso signifique enfrentar mais desafios. O que importa é a saúde dela”, diz Queiliane, com determinação.
Além disso, Queiliane também está lutando para que Kailiny seja incluída em um processo de transplante de medula óssea, mas o médico alertou que isso só será possível se a jovem atingir a remissão da doença. A busca por um doador compatível continua. “É um processo difícil, e a doença voltou, mas temos que manter a esperança. A busca por um doador e a continuidade do tratamento são as nossas maiores prioridades agora”, afirma Queiliane.
Nas redes sociais, Kailiny e a mãe fazem uma campanha para doação de sangue, sem tipagem sanguínea específica. Para doar, basta ir ao Hemoacre, localizado ao lado do Teatrão.