Até a sexta semana epidemiológica, Rio Branco registrou 2.225 casos notificados de suspeita de dengue. A informação foi divulgada pelo secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, durante a cerimônia de contratação emergencial de 149 profissionais para reforçar o combate à doença. O evento ocorreu no auditório da Uninorte.
Segundo Biths, desde dezembro, a Prefeitura vem se preparando para o aumento das arboviroses, especialmente da dengue. “Hoje concretizamos uma etapa importante, que é a contratação emergencial desses profissionais. São 16 médicos, 77 agentes de endemias, além de enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem e técnicos de laboratório”, destacou.
O secretário afirmou que as equipes estão sendo fortalecidas para garantir atendimento adequado aos pacientes com sintomas da doença. “Quem chegar às nossas unidades será recepcionado por um enfermeiro, passará por classificação de risco, receberá o manejo adequado, consulta médica, realizará exames e sairá com o tratamento completo, evitando o agravamento dos sintomas”, explicou.
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Biths também fez um apelo à população para intensificar os cuidados contra a proliferação do Aedes aegypti. “Fiscalize seu quintal, identifique recipientes que possam acumular água parada, porque qualquer recipiente com água limpa pode se tornar um ambiente propício para a reprodução do mosquito, nosso maior adversário”, alertou.
Para ampliar o atendimento, três Unidades de Referência à Atenção Primária (Uraps) estão funcionando com horário estendido até as 22h: Cláudio Vitorino, Roney Meirelles e Hidalgo Lima.
“É a contratação de 149 novos funcionários pela saúde. Em 2021, tivemos a situação da dengue, talvez uma das piores que Rio Branco já sofreu. Foi muito difícil porque a gente acabou perdendo três vidas. E o nosso projeto é não perder vidas”, explicou o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.
Bocalom reiterou que o que a gestão deseja é evitar mais doenças e, principalmente, o óbito de mais pessoas. “Nós não queremos que as pessoas morram, como aconteceu em 2021. Eu estava acabando de chegar e, infelizmente, pegamos o carro andando. Mas agora não! A gente decretou a situação de emergência e a Secretaria de Saúde tomou todas as providências. Precisamos de mais pessoas? A gente contrata. A gente está contratando esses profissionais por 90 dias e, se for possível, a gente continua com mais 90 dias. O mais importante é salvar vidas”.
Um dos contratados é o médico-geral Francisco Lunoer, que acredita que a contratação seja de suma importância. “Antes, era a Covid-19; agora, é a dengue. A população, principalmente está, que está mais desassistida, precisa desse trabalho, desse incentivo. Apenas estender até o horário das URAPs [Unidades de Referência à Atenção Primaria] até às 22 horas, e às 17 horas, aos sábados, vai ajudar muito”, finalizou.