Hilquias Santos de Souza, de 19 anos, foi morto a tiros na noite desta quarta-feira, 5, em um beco da Rua Rui Barbosa, no bairro Papouco, em Rio Branco. Ele era filho de Geremias Lima de Souza, um dos fundadores da facção criminosa Bonde dos 13.
Testemunhas informaram que Hilquias estava em casa quando três homens armados o chamaram. Ao sair, foi atingido por vários disparos nas pernas, braços, mãos e costas. Os criminosos fugiram após a execução. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local, mas o jovem já estava morto. A Polícia Militar realizou buscas na região, mas nenhum suspeito foi localizado.
Investigações preliminares apontam que o assassinato pode estar relacionado a disputas entre facções criminosas. Hilquias teria deixado o Bonde dos 13 para ingressar no Comando Vermelho, o que pode ter motivado sua morte. O caso está sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Morte do pai e ataques à família
O pai de Hilquias, Geremias Lima de Souza, morreu de forma violenta em dezembro de 2024. Ele foi atropelado e baleado por um comparsa em frente à 2ª Delegacia Regional da Polícia Civil, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo.
Segundo a polícia, Geremias e outro homem estavam perseguindo um motorista, que, ao perceber a ameaça, dirigiu até a delegacia para pedir ajuda. Os criminosos atiraram contra o carro, que foi atingido por vários disparos. Tentando escapar, o motorista deu ré e atropelou Geremias. A perícia constatou que, além do atropelamento, ele também foi baleado pelo próprio comparsa.
A migração de Hilquias para a facção rival teria gerado novos conflitos. Na terça-feira, 4, Wesley Pinheiro Sombra, de 28 anos, e Denildo Ferreira Dutra, de 19, foram presos por atirar contra a casa dos pais de Geremias. Os criminosos ordenaram que os idosos deixassem o imóvel em 30 minutos e, em seguida, dispararam 12 vezes contra a residência.
Com os suspeitos, a polícia apreendeu uma pistola, munições e uma balança de precisão. Antes da chegada das forças de segurança, os criminosos ainda tentaram incendiar o imóvel, mas a ação foi frustrada.
A Polícia Civil segue investigando o caso e as recentes ofensivas entre as facções criminosas.
