O Acre recebeu, no ano passado, R$ 897,80 em emendas parlamentares por habitante. A proporção é a segunda maior do Brasil, atrás apenas de Roraima (R$ 1.069,06).
As informações foram divulgadas em reportagem especial do Estadão com um raio-x das emendas distribuídas por deputados federais e senadores ao longo de 2024.
Os valores se referem às emendas empenhadas e incluem apenas montantes destinados a prefeituras e governos estaduais, que somam 85% do total das transferências.
No Acre, os repasses por habitante são dez vezes maiores que os de São Paulo (R$ 81,19) e mais de seis vezes superiores aos de Minas Gerais (R$ 143,88).
Os números chamam ainda mais atenção pelo fato de o Acre ser o estado com a menor quantidade de parlamentares federais (oito deputados e três senadores).
Após o Acre, o ranking nacional de transferências proporcionais de emendas empenhadas segue com o Amapá, com R$ 897,77 para cada habitante.
Embora a região Norte reúna os três estados com os maiores valores relativos, foi o Nordeste que contou com a maioria dos repasses absolutos, com 36% do total.
Esse ranking é seguido pelo Sudeste (25%), Norte (17%), Sul (13%) e Centro-Oeste (9%).
A Saúde foi a área que mais recebeu emendas, por conta da regra de destinação de, no mínimo, 50% do montante para esse setor.