A fobia é o medo anormal de um objeto ou de uma situação. Algumas delas são mais conhecidas, como a claustrofobia, que é a aversão a espaços fechados, ou a aracnofobia, que é o medo das aranhas. Muitas delas podem afetar o dia a dia e devem ser tratadas, alerta a psiquiatra francesa Margaux Dutemple.
A lista de fobias existentes é longa e deve ser atualizada com frequência pelos psiquiatras. Algumas delas são inusitadas e geram dificuldades cotidianas para os pacientes. Este é o caso da nomofobia, por exemplo, que é o medo de perder o celular, ou dos ergófobos, que têm pavor do trabalho.
Há ainda quem tenha aversão aos micróbios, ao avião, às tempestades e até do fluxo contínuo de notícias na TV, sites e redes sociais: algumas pessoas simplesmente não conseguem, emocionalmente, gerenciar tantas informações.
As fobias desencadeiam o que os especialistas chamam de “submersão emocional”, impedindo os pacientes de reagir racionalmente. De acordo com a psiquiatra francesa Margaux Dutemple, o que diferencia o medo ou a apreensão da fobia é o nível de ansiedade do paciente.
“O medo é uma emoção normal. Mas a especificidade da fobia é que esse pavor ficará focado em um objeto ou situação particular. É isso que define o caráter específico da fobia”, explica Margaux.
As fobias levam os pacientes a evitar certas situações para evitar o pânico que elas desencadeiam. Esse evitamento é uma característica típica da patologia. De acordo com a médica francesa, geralmente as pessoas buscam ajuda quando esse medo impede ou atrapalha um projeto.
“Um exemplo típico é uma jovem que pretende ter filhos, mas tem hematofobia, que é o medo do sangue. Claro que todo o preparo durante a gravidez e o parto vai gerar uma forte ansiedade. É nessas horas, em geral, que o paciente busca ajuda”, exemplifica.