A Justiça concedeu prisão domiciliar à mulher suspeita de atrair João Vitor da Silva Borges, de 21 anos, para a emboscada que resultou em sua execução, em Cruzeiro do Sul. Diante da decisão, o Ministério Público do Acre (MPAC) recorreu, argumentando a gravidade do crime e a necessidade de manter a acusada presa preventivamente.
Segundo as investigações da Polícia Civil, a suspeita era amiga da vítima e teve um papel essencial no crime ao levá-lo até os criminosos que o aguardavam para o chamado “tribunal do crime”. O corpo de João Vitor foi encontrado às margens do Rio Juruá, próximo a Guajará, no Amazonas, com as mãos amarradas e diversas perfurações de faca nas costas.
O MPAC já havia se manifestado pela conversão da prisão em flagrante da acusada em prisão preventiva durante a audiência de custódia. No entanto, a Justiça concedeu a prisão domiciliar, levando o órgão ministerial a recorrer. Além disso, um procedimento administrativo foi instaurado para acompanhar o andamento das investigações.
O crime
João Vitor desapareceu no dia 8 de março, e a polícia passou a investigar o caso no dia seguinte, após relatos sobre seu sumiço circularem nas redes sociais. A confirmação da identidade do corpo ocorreu no dia 12 de março.
As investigações apontam que o jovem foi brutalmente assassinado por integrantes de uma organização criminosa após ser levado pela amiga até o local onde os criminosos o aguardavam. Três suspeitos foram presos até o momento, e a polícia continua as diligências para identificar outros envolvidos.
A Polícia Civil informou que a motivação do crime já foi esclarecida, mas não será divulgada para preservar a família da vítima.