A situação do Rio Acre em Rio Branco apresentou uma leve melhoria nesta quarta-feira, 12, mas o manancial ainda permanece acima da cota de transbordo. Segundo o boletim diário da Defesa Civil Municipal, o nível do rio amanheceu com 14,21 metros, uma redução de 14 centímetros em relação à medição da manhã de terça-feira, 11, quando o manancial atingiu 14,35 metros, o maior nível registrado este ano.
Embora o rio esteja em vazante, ele segue acima da cota de transbordo, que é de 14 metros. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, a previsão é de que o nível do rio continue a baixar nas próximas horas, mas deverá voltar a subir a partir da noite de quinta-feira, 13, com a chegada de água proveniente das cidades vizinhas.
“O nível do rio começou a apresentar vazante desde a medição das 12h de ontem (terça-feira). Hoje pela manhã, ele continuou a baixar, mas de forma gradual. O rio deve manter essa tendência de vazante, mas o cenário pode mudar a partir de quinta-feira, quando a água de Brasiléia e Assis Brasil deve chegar aqui, o que pode causar um novo aumento do nível do manancial”, explicou o tenente-coronel Falcão.
Ele destacou que, apesar da vazante atual, a situação não deve ser subestimada, uma vez que o Rio Acre tem uma grande extensão e está recebendo volumes significativos de água das regiões vizinhas.
A Defesa Civil informou que cerca de 18 famílias continuam em abrigos na cidade.
“Estamos preparados para lidar com o aumento do nível do rio. Temos abrigos disponíveis, e a nossa prioridade é garantir a segurança da população. Até o momento, temos cerca de 18 famílias nos abrigos”, disse Falcão.
A Defesa Civil também monitora a situação de comunidades rurais isoladas e continua com os trabalhos de apoio às famílias afetadas pelas enchentes.
O tenente-coronel Falcão também alertou para a possibilidade de chuvas mais intensas a partir do dia 17 de março, o que pode agravar a situação nas próximas semanas. “Estamos em um período crítico, com grandes volumes de água sendo acumulados nas regiões vizinhas. Precisamos manter a vigilância e preparar a cidade para qualquer eventualidade”, afirmou.
Por enquanto, os igarapés de Rio Branco não estão transbordando, mas a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário, em um esforço conjunto com o Corpo de Bombeiros e outros órgãos envolvidos no monitoramento e resposta a emergências.