O senador Alan Rick jogou um balde de água fria em Gladson Cameli (PP) ao revelar, nesta quinta-feira, 13, que são baixíssimas as chances de o seu partido, o União Brasil, se juntar com a legenda do governador em uma federação.
Nessa quarta, 12, Cameli havia dito à imprensa local, após reunião em Brasília com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, que a junção das duas siglas era dada como certa, o que afetaria os planos de Rick de disputar o governo em 2026.
Porém, o senador informou que a federação é rechaçada por nove em cada dez deputados federais e senadores do União Brasil. “Não deve prosperar”, declarou o parlamentar, que aparece bem colocado em pesquisas de intenção de votos para o governo do estado.
As pretensões de Rick para o Palácio Rio Branco colocaram o senador em rota de colisão com a atual vice-governadora Mailza Assis (que é, no momento, a pré-candidata do governo ao Executivo estadual) e com o governador Gladson Cameli (que preside o PP no Acre e vai liderar o processo de sucessão).
Essa pré-disputa culminou, em fevereiro, na exoneração da mãe, da irmã e de outras duas pessoas ligadas a Alan Rick no governo, evidenciando a cisão entre o governador e o senador.
Cameli afirmou, na quarta, 12, que se a federação PP/União Brasil sair do papel, os governadores filiados aos partidos comandariam a aliança nos estados, ou seja, o senador Alan Rick, que preside o UB no Acre, passaria a prestar continência a Gladson e, possivelmente, teria sua pré-candidatura ao governo rifada.
O senador declarou que, na semana que vem, haverá uma reunião nacional do UB, onde a proposta de federação deverá ser rechaçada. Com isso, Rick manterá sua pré-candidatura, que, segundo ele, tem o aval da executiva nacional da legenda de direita.