A Polícia Civil do Acre confirmou, nesta quarta-feira, 12, que o corpo encontrado às margens do Rio Juruá nessa terça, 11, em Cruzeiro do Sul, eram de João Vitor da Silva Borges, de 21 anos, que estava desaparecido desde sábado, 8. Conforme as investigações, o jovem foi atraído até o local do crime por uma amiga.
Ele então foi entregue a criminosos que o aguardavam para aplicar o chamado “tribunal do crime”, onde João Vitor foi brutalmente executado.
O caso começou a ser investigado no domingo, 9, quando a polícia recebeu informações através de redes sociais sobre o desaparecimento de João. O delegado Heverton Carvalho, responsável pelo caso, detalhou que as investigações se intensificaram após o registro formal de Boletim de Ocorrência na segunda-feira, 10. “A Polícia Civil já estava em campo desde a noite de domingo, realizando buscas e tentando localizar o paradeiro de João”, explicou o delegado.
Após a coleta de informações, a polícia identificou os envolvidos no crime. Na terça-feira, 11, uma mulher, amiga próxima de João Vitor, foi presa em flagrante por ser responsável por atrair a vítima até o local onde ele foi assassinado.
O delegado também mencionou que, além dela, mais duas pessoas foram presas, suspeitas de participação no homicídio. “A mulher foi responsável por chamar João e levá-lo até os criminosos, onde ele foi brutalmente assassinado”, disse Heverton Carvalho.
As investigações revelaram que o jovem foi submetido a um “julgamento sumário” por membros de uma organização criminosa, e o crime aconteceu em um local diferente de onde seu corpo foi encontrado. “O local da morte é diferente de onde ele foi encontrado. Isso indica a participação de outras pessoas”, afirmou o delegado, destacando que novas prisões ainda podem ocorrer.
Motivação
Em relação à motivação do crime, a Polícia Civil esclareceu que rumores sobre uma possível ligação com um incidente anterior, onde João Vitor teria imobilizado um ladrão, não têm fundamento.
“Não há relação entre esses fatos. João Vitor era um jovem de bem, com boa relação com a comunidade”, explicou o delegado. Ele também pediu à população que colabore com informações para ajudar na resolução do caso.
O delegado destacou ainda que a motivação do crime já é conhecida pela polícia, mas não será divulgada para preservar a família da vítima.
A Polícia Civil, em parceria com a Polícia Militar, continua em campo para identificar e prender outros envolvidos no crime. A investigação está em andamento, e novas atualizações sobre o caso serão divulgadas à medida que surgirem novas evidências.