A vereadora Elzinha Mendonça (PP) se emocionou, na sessão desta quinta-feira, 13, na Câmara dos Vereadores, ao lembrar que sofreu violência doméstica durante 10 anos.
O relato foi feito no plenário da Casa, durante o projeto Tribuna Popular, que abordou, nesta quinta, 13, as violências praticadas contra as mulheres.
Em seu discurso, Elzinha Mendonça falou sobre a dificuldade de sair desse ciclo de violência, mas também ressaltou que é possível quebrá-lo. “Falar desse tema sensível sempre me emociona, porque eu sempre digo que já estive do lado de lá. Não tenho vergonha de dizer que sofri violência doméstica durante 10 anos e hoje posso sorrir e afirmar que quebrei esse ciclo”, afirmou a vereadora, visivelmente emocionada.
Ela destacou a importância da sua vivência pessoal para falar com propriedade sobre a situação das mulheres que ainda enfrentam esse tipo de violência. “Se Deus permite que passemos por situações como essa, é para que possamos aprender a nos colocar no lugar das mulheres que ainda sofrem. Hoje, estou aqui, com poder para ajudar a mudar essa realidade, como vereadora e presidente da Comissão da Mulher”, completou Elzinha.
A vereadora ressaltou também o engajamento da Câmara Municipal na construção de políticas públicas voltadas para o fortalecimento das mulheres e a erradicação da violência. “Tenho certeza de que todos os vereadores estão engajados em trabalhar para fortalecer essas políticas e erradicar esse mal que afeta as mulheres da nossa cidade”, afirmou.
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PL deve ser votado nesta quinta
A parlamentar protocolou, em fevereiro, um projeto de lei que impede a nomeação, na administração pública municipal, de condenados por violência sexual e doméstica contra a mulher.
A pauta foi apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta, 12, e recebeu, por unanimidade, parecer favorável. A votação da proposta em plenário está marcada para esta quinta, 13.
Esta é a segunda vez que a matéria vai para votação na Casa. No ano passado, os vereadores aprovaram o PL, porém, o prefeito Tião Bocalom (PL) vetou e teve a decisão referendada pelos parlamentares em uma segunda votação.
Agora, com a nova legislatura, que passou por grande renovação, a vereadora espera obter votação expressiva e abrir margem para a derrubada de um possível novo veto do prefeito.