Depois do sexo, é normal que os envolvidos durmam abraçados ou mesmo um do lado do outro na cama. Mas, além dos benefícios sociais de ter uma noite de conchinha, pesquisas mostram o impacto positivo na duração e na qualidade do sono quando se dorme ao lado do parceiro ou da parceira — com uma ressalva importante: não podem ser companheiros de cama estranhos. Ou seja, não necessariamente o sexo casual segue a mesma lógica.
Para Thomas Michael Kilkenny, diretor do Instituto de Medicina do Sono do Hospital Universitário Northwell Staten Island, dormir de casal pode aumentar a segurança física e emocional. “Quanto mais próximos os casais estão emocionalmente, mais sincronizado o sono se torna”, afirmou, em entrevista ao The Post.
O profissional citou três benefícios de dividir a cama com um parceiro íntimo. “Estudos usando ondas cerebrais mostraram durações de sono significativamente maiores quando dormiam juntos, e os sujeitos também se sentiram significativamente mais relaxados depois de dormir com o parceiro.”
Fazer sexo, abraçar, dar as mãos e dormir perto podem desencadear a liberação de ocitocina, também conhecida como “hormônio do amor”, que promove relaxamento, reduz o estresse e cria uma sensação de segurança.
De acordo com o especialista, outras análises indicam que pessoas que dormem com o parceiro, mesmo que não seja na mesma cama, mas simplesmente no mesmo ambiente, tendem a ter um sono REM – estágio importante para a regulação emocional, consolidação da memória, desenvolvimento do cérebro e sonhos – menos fragmentado.
Além disso, casais que compartilham a mesma cama geralmente sincronizam os estágios de sono, o que pode levar a uma noite de maior qualidade.
Essa sincronia, como explicou Kilkenny, depende de alguns fatores, como atenção mútua, natureza e estabilidade do relacionamento, apoio emocional e comunicação. “Pessoas que dormiam na mesma cama e que não tinham vínculos emocionais ou sociais entre si não demonstraram nenhum desses padrões de sincronização”, disse.
Por fim, o especialista esclareceu que quando as pessoas dormem juntas, não apenas os ciclos de sono costumam se alinhar, mas os batimentos cardíacos ficam sincronizados, como resultado da interação.
“Acredita-se que esse fenômeno esteja associado a uma diminuição nas respostas ao estresse no nível neurológico”, afirmou. “Essa descoberta implica que batimentos cardíacos vinculados durante o sono estavam associados às interações mútuas dos sistemas nervosos do parceiro.”
Fonte: Metrópoles