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Governo manda isenção do IR ao Congresso, mas antes foca no Orçamento

Governo manda isenção do IR ao Congresso, mas antes foca no Orçamento

KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

A proposta de ampliar a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil é tida como uma das principais prioridades da agenda econômica do governo para este ano. O texto foi enviado ao Congresso Nacional na última terça-feira (18/3). No entanto, antes de entrar em campo para fazer avançar o projeto, o Executivo tenta destravar o Orçamento de 2025.

A votação da peça orçamentária vem sendo adiada desde o ano passado em função do pacote de ajuste fiscal, da crise das emendas parlamentares e de mudanças feitas de última hora. Como mostrou o Metrópoles, o atraso afeta o reajuste salarial dos servidores públicos federais e trava o investimento em novas obras.

A expectativa é que o texto seja votado nesta quinta-feira (20/3) na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no plenário do Congresso. Nos últimos dias, a ministra de Relações Institucionais do governo Lula, Gleisi Hoffmann, tem se reunido com parlamentares para alinhar a matéria. Vencida essa etapa, ela deve voltar as atenções às negociações para aprovação do projeto de lei sobre a isenção do Imposto de Renda.

Atraso no orçamento

Proposta do IR

O projeto de lei que prevê a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda precisa ser aprovado neste ano para entrar em vigor a partir de janeiro de 2026. A mudança deve ter um impacto de R$ 27 bilhões. Em contrapartida, o governo propôs estipular um imposto mínimo e progressivo para aqueles que recebem acima de R$ 50 mil por mês — equivalente a R$ 600 mil por ano.

A medida, apesar de ser vista como positiva pelo mundo político, pode enfrentar resistência no Congresso, sobretudo no ponto que trata da compensação. Isso porque os municípios apontam uma perda arrecadatória de aproximadamente R$ 4,9 bilhões ao ano.

De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, do total, R$ 6,9 bilhões deixarão de ser repassados aos governos municipais por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e outros R$ 4,9 bilhões provenientes da perda de arrecadação própria, aquela descontada sobre os salários dos servidores municipais.[

O governo federal, no entanto, defende que o projeto é neutro do ponto de vista fiscal. A tese da equipe econômica é que estados e municípios serão beneficiados pelo aumento da massa salarial recebida pelos trabalhadores, que deve ampliar o consumo e, consequentemente, a arrecadação.

Por: Metrópoles 

*Informações retiradas do site Metrópoles.
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